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“Não morri por alguns minutos”, diz dono do carro atingido por explosão

Richard Ratcliffe, de 29 anos, estacionou o veículo em frente ao bar destruído em Pinheiros

Por Luan Flávio Freires
Atualizado em 5 dez 2016, 15h15 - Publicado em 17 fev 2014, 16h43

Por pouco, Richard Ratcliffe, 29 anos, não se transformou em vítima de uma tragédia em Pinheiros na tarde de domingo (16). Como de costume, ele estacionou por volta das 17h30 seu Honda City em frente ao bar localizado no número 4 da Praça Sebastião Gilardi para ir ao Sesc Pinheiros. Às 17h44, um vazamento de gás liquefeito de petróleo (GLP), o gás de cozinha, causou uma grande explosão no estabelecimento. Ninguém ficou ferido.

Ao voltar para a região duas horas depois, Ratcliffe encontrou o veículo destruído. “A perda foi total, não acreditei no que vi. Por pouco eu não estava aqui na hora, não dá nem para reclamar do que aconteceu com o carro.” Além do veículo, o acidente destruiu os vidros da janela de um prédio em frente ao local. Um portão de ferro a cerca de vinte metros do estabelecimento também foi amassado por outra porta que se projetou no momento da explosão.

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Richard não foi o único sortudo da história. Moradores afirmam que a praça é bastante movimentada aos domingos, principalmente por crianças que brincam ali no fim da tarde. Como estava chovendo, a praça estava vazia.

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O dono do bar, Toninho, que preferiu não informar o seu sobrenome, contou que, excepcionalmente, o estabelecimento ficou fechado no domingo. Isso porque estava sem água. “Deixei umas mercadorias aqui por volta das 11h e depois fui embora.”

O impacto da explosão foi tão forte que os estragos ainda eram visíveis na manhã desta segunda (17). Milhares de pequenos cacos de vidros se espalhavam pelo chão e diversas janelas do prédio de dez andares em frente ao bar (inclusive uma do último andar) estavam quebradas.

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“Parecia uma bomba”, conta Lucas de Melo, de 14 anos, morador no nono andar do prédio em frente. “Ficamos assustados e descemos as escadas, pois não sabíamos se a explosão tinha acontecido aqui.”

Vivian Maria Gomes, de 32 anos, comemorou por não estar no apartamento no momento da explosão. Quando chegou do trabalho em um posto de saúde do Campo Limpo, assustou-se com o que viu. “Os vidros dos dois quartos estavam todos quebrados, a porta de um deles se abriu e alguns cacos chegaram até o sofá da sala.”

Já Richard precisou esperar por vinte horas a chegada da perícia, antes de acionar o guincho da seguradora. Segundo ele, dormiu na casa de um amigo que mora na região. “Estava querendo vender o carro mesmo e o seguro irá cobrir o prejuízo, o importante é que eu não estava aqui.”

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Toninho, o dono do bar, ainda não calculou o tamanho do prejuízo. Apesar de visivelmente abalado enquanto tentava encontrar algo que tenha se salvado no meio da explosão, ele não parecia de todo preocupado com o que perdeu. “Como dizia o meu pai: vão-se os dedos, ficam os anéis”, comentou. “Ou alguma coisa assim.”

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