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Estúdio com paredes de vidro da TV Globo coloca São Paulo como pano de fundo de telejornais

Inspirado em experiências de canais americanos, o novo modelo é ótimo para ilustrar reportagens sobre o trânsito e a previsão do tempo

Por Sara Duarte
Atualizado em 5 dez 2016, 19h28 - Publicado em 18 set 2009, 20h30

No meio da transmissão do SPTV 1ª Edição, telejornal da TV Globo, um dos câmeras nota um homem caminhando entre as colunas da recém-inaugurada Ponte Octavio Frias de Oliveira. Ele informa o achado ao resto da equipe e, num impulso, os apresentadores Chico Pinheiro e Carla Vilhena se viram de costas, tentando enxergar o tal “homem-aranha”. Outro cinegrafista, que opera uma câmera de alta definição instalada em uma grua, aproxima o foco e verifica tratar-se de um operário. Em poucos segundos, o helicóptero da emissora chega ao local e revela que lá no alto da estrutura em forma de xis da ponte estaiada, a quase 138 metros de altura, não apenas um, mas uma dezena de trabalhadores da construção civil está almoçando. A cena só pôde ser captada porque o estúdio, inaugurado no último dia 12, é quase todo envidraçado. Situado no 11º andar de um prédio às margens do Rio Pinheiros, tem 25 metros quadrados de paredes transparentes e é usado em todos os telejornais locais. De lá se vê, além do mais novo cartão-postal da cidade, boa parte das avenidas das Nações Unidas, Roberto Marinho e Engenheiro Luís Carlos Berrini.

O maior desafio é equilibrar a luminosidade interna com a externa. “Em cada intervalo do Bom Dia São Paulo, os técnicos entram com escadas e ajustam os refletores, pois o jornal começa de madrugada e termina com o dia claro”, conta Mariana Godoy, que entra ao vivo às 6h30. Pinheiro, que ocupa a bancada das 12h15 às 13 horas, explica que a idéia é aproximar o noticiário do público. “Sem a parede de concreto, é como se nós estivéssemos imersos no dia-a-dia de São Paulo”, diz ele. No ar a partir das 19 horas, o apresentador Carlos Tramontina é o único que tem como pano de fundo as luzes dos carros e a iluminação multicolorida da ponte. “As pessoas que assistem em casa devem ter a impressão de que estamos flutuando”, acredita.

Inspirado em experiências de canais americanos, o estúdio transparente permite ilustrar melhor reportagens sobre o trânsito e a previsão do tempo. Na semana passada, a repórter Kelly Var-raschim falava ao vivo sobre o congestionamento no Morumbi quando acrescentou: “Daqui podemos ver que uma alternativa para o motorista é a Berrini, que tem tráfego livre neste momento”. Durante as transmissões, toda a equipe técnica, composta de dez pessoas, permanece imóvel. Caso alguém caminhe pelo cenário, sua silhueta poderá aparecer refletida nos vidros. Alterações de última hora são transmitidas aos âncoras pelo ponto eletrônico ou durante os intervalos comerciais. Como o estúdio fica no topo de um prédio de escritórios, a 800 metros da redação, as informações chegam por cabos de fibra óptica. É como se os editores comandassem tudo por controle remoto.

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