Estudantes se queixam de agressão na estação Barra Funda
Casos aconteceram na tarde de terça-feira (7). Eles teriam sido vítimas de ação violenta por parte dos agentes do Metrô e da CPTM
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Atualizado em 8 fev 2017, 13h20 - Publicado em 8 fev 2017, 13h15
Dois casos de agressão a jovens que carregavam skates no transporte público foram registrados na terça-feira (7) na estação Barra Funda.
O primeiro deles envolveu um estudante de publicidade que não teve o nome divulgado. Ele carregava um skate perto da catraca para entrar no metrô, quando foi informado por agentes que não poderia circular sobre o equipamento. O jovem alega que obedeceu, mas quando colocou o skate no chão para amarrar o cadarço do tênis, foi expulso da estação pelos seguranças.
A cena foi gravada por outros passageiros. No vídeo, o estudante questiona a expulsão, enquanto é arrastado com violência para o outro lado das catracas.
Em nota, o Metrô informou que a proibição de skates, patinetes e patins nas estações visa a integridade física dos usuários. Segundo a assessoria, o estudante foi retirado do metrô por ter desobedecido às ordens dos agentes.
O outro episódio aconteceu por volta das 18h na CPTM. O estudante de direito Arthur Damascena, de 20 anos, estava sentado no chão da estação esperando a namorada, quando foi abordado por três agentes. Eles pediram para Damascena se levantar, porque estaria atrapalhando o fluxo de passageiros, mas o rapaz se recusou. Então, segundo o estudante contou à delegacia do Metrô, foi imobilizado e levado para um corredor menos movimentado, onde teria sido agredido.
As imagens também foram gravadas por outros passageiros. Nelas, é possível ver o celular de Damascena sendo recolhido por um dos agentes. O vídeo revela ainda que um dos homens que ajudavam na imobilização não estava uniformizado.
Em nota, a CPTM justificou que a imobilização foi consequência da resistência do estudante: “O usuário se recusou a atender a orientação dos agentes, que seguiram todos os procedimentos para garantir a circulação dos demais passageiros”. Por telefone, a assessoria informou ainda que analisou as imagens e “não viu nenhuma agressão”.
Os dois casos estão sendo investigados pela polícia.
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