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Espetáculo traz amor de Romeu e Julieta para a São Paulo dos anos 60

"Se Essa Rua Fosse Minha: o Amor nos Anos de Chumbo" é um musical singelo que conquista o público com encenação criativa e envolvente

Por Dirceu Alves Jr.
Atualizado em 5 dez 2016, 17h41 - Publicado em 21 out 2011, 23h50

Na São Paulo dos musicais, há produções para todos os gostos e bolsos. Além daquelas com orçamento milionário e elenco estelar, podem-se encontrar espetáculos despretensiosos, capazes de conquistar o público apenas com uma encenação criativa e dramaturgia envolvente. Dirigido por Fezu Duarte e Marcos Okura, Se Essa Rua Fosse Minha: o Amor nos Anos de Chumbo, que custou 55.000 reais (uma ninharia em comparação, por exemplo, com os 4 milhões de reais investidos no vistoso “Evita”, dirigido com brilho por Jorge Takla), centra-se no romance de dois universitários em meio às inquietações da repressão do regime militar em 1968. Pedro (o ator Arthur Berges) é pobre e estuda filosofia na USP, enquanto Carol (papel de Marcela Gibo) nasceu em berço esplêndido e cursa direito no Mackenzie. Em questão está a Rua Maria Antônia, cenário dos agitos políticos e dessa paixão ao estilo de “Romeu e Julieta”.

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Ao estabelecer uma interessante relação com a cidade, o texto de Marcos Ferraz renova o romance que poderia soar lugar-comum. Os personagens circulam pela Praça Roosevelt e pela Rua Augusta, namoram no topo do Terraço Itália e descobrem o desbunde no Teatro Oficina. Músicas de Chico Buarque, Caetano Veloso e Roberto Carlos, entre outros, são interpretadas pelos dezessete atores da Cia. de Teatro Rock (com playback instrumental), e nessa seleção surgem temas pouco óbvios, a exemplo de “Panis et Circenses”, “Carolina”, “Como Dois e Dois” e “Jorge Maravilha”.

Nem todos cantam tão afinados. As pequenas falhas e a simplicidade em cena, no entanto, são compensadas por belos efeitos visuais, como o de uma orquestra de violinos com o elenco munido de guarda-chuvas. Depois de enfocar a década de 80 em “Você Não Soube Me Amar” e “Lado B”, o grupo volta aos anos 60 para mostrar que nem só de luxo e grandiosidade vivem os musicais.

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