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Esmir Filho leva as aflições dos jovens para a 33ª Mostra de cinema

O roteiro foi criado em parceria com o escritor Ismael Caneppele, que produzia um livro com essa história

Por Fernanda Nascimento
Atualizado em 5 dez 2016, 19h06 - Publicado em 26 out 2009, 18h12

Não é fácil falar sobre temas delicados com a sutileza do cineasta paulistano Esmir Filho. Aos 27 anos, ele tem cinco produções no currículo e um olhar atento às questões mais complicadas dos jovens. “O sofrimento dessa fase pode parecer exagero quando crescemos”, afirma. Mas na hora é tudo muito intenso. Os adolescentes são tema de seu primeiro longa-metragem, Os Famosos e os Duendes da Morte, que será exibido na 33ª Mostra Internacional de Cinema a partir de sexta (30). O filme conta a história de um jovem que mora em um pequeno município do Rio Grande do Sul e não suporta aquela vidinha pacata. Pela internet, ele descobre uma garota que partiu dali e deixou registros em vídeo mostrando sua trajetória. A volta de um homem misterioso à cidade confunde o garoto e traz à tona a vontade de ir embora.

O roteiro foi criado em parceria com o escritor Ismael Caneppele, que produzia um livro com essa história. Mas o filme não é apenas baseado em minha obra, diz Caneppele. Queremos que uma coisa complemente a outra. O escritor ainda ficou com um dos papéis principais – ele é um dos poucos atores que não foram encontrados pela internet. Esmir Filho formou o elenco com jovens que viviam em cidadezinhas da região e entenderam as angústias dos personagens. Parece que a fórmula funcionou. O longa-metragem ganhou o prêmio da crítica internacional para melhor filme latino-americano e o Troféu Redentor de melhor filme no Festival do Rio de Janeiro. Apesar de o lançamento estar marcado para março do ano que vem, alguns vídeos já circulam na rede para instigar a curiosidade do público.

Esta não é a primeira vez que o cineas¬ta fala sobre os adolescentes. Ele mergulhou nesse universo em 2006, no curta-metragem Alguma Coisa Assim, que recebeu o prêmio de melhor roteiro em Cannes ao contar detalhes da decepção amorosa de uma jovem. No ano seguinte, procurando levar à tela do cinema os sentimentos, os medos e as angústias da adolescência, produziu o curta Saliva, que narra o drama de uma menina ao dar o primeiro beijo. A fita lhe rendeu o prêmio de melhor diretor no Festival de Gramado. Quando seu nome começou a ganhar destaque, um vídeo que ele havia feito com dois amigos durante a faculdade estourou na internet. Tapa na Pantera foi visto por mais de 10 milhões de internautas e virou febre. Esses quinze minutos de fama me abriram muitas portas

 

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