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Escolas americanas incentivam o trabalho voluntário entre os alunos

Instituições internacionais da capital como Graded e Chapel mobilizam estudantes em atividades sociais

Por Carolina Giovanelli
Atualizado em 5 dez 2016, 15h34 - Publicado em 11 out 2013, 19h02

Em uma comunidade de pescadores do Parque Estadual da Ilha do Cardoso, no Litoral Sul do estado, cerca de 25 jovens com idade entre 15 e 18 anos suam a camisa preparando cimento, levando pedaços de madeira para lá e para cá e cuidando de uma horta. Nenhum deles, depois de enfrentar uma viagem de oito horas para chegar ao destino, precisaria estar ali. Estudantes do chamado “high school” da Graded, escola americana do Morumbi, eles participam de uma das várias atividades voluntárias propostas pelo colégio. “Muitos dos alunos serão diretores de empresas, e o objetivo é que eles levem essa preocupação social para atividades futuras”, diz Antonio Amaral Cunha, professor de biologia que comanda o projeto. “Esse tipo de incentivo é bastante comum nos Estados Unidos.”

Em um trabalho que já dura doze anos, os jovens da Graded que passaram pela comunidade da ilha conseguiram melhorar a vida de seus sessenta moradores. Inauguraram um restaurante e um centro de convivência, reformaram a casa das famílias a fim de receber turistas, ensinaram artesanato e conseguiram médicos que fazem visitas periódicas. O dinheiro é arrecadado pelos próprios alunos em eventos como corridas e coquetéis beneficentes. “Saímos de nossa zona de conforto”, acredita a participante Renata Sayão, de 18 anos. Antes das viagens, que acontecem duas vezes ao ano, os cinquenta estudantes envolvidos fazem reuniões semanais de planejamento. Esse é apenas um dos dezessete projetos voluntários da Graded, que incluem também, por exemplo, aulas de inglês para pessoas carentes.

Outras escolas internacionais, como a Chapel, na Chácara Flora, e a St. Nicholas, em Pinheiros, também têm programas parecidos. A Pan American Christian Academy, em Cidade Dutra, mobiliza seus alunos em ações como visitas a orfanatos e ONGs para fazer reparos e manutenções. Sua principal iniciativa, entretanto, é uma viagem missionária anual de dez dias. Seis alunos acompanham um grupo de americanos em um barco até comunidades ribeirinhas da Amazônia. Os jovens atuam como tradutores. “A pessoa volta mais madura dessa experiência, pois enfrentou uma realidade totalmente diferente”, afirma Silvano Kubo, capelão encarregado da viagem. Iniciativas assim ainda são raras entre os colégios brasileiros. Eis aí, portanto, uma boa lição a ser copiada.

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