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Empresária suspeita de ser mandante da morte de namorado é solta pela Justiça

Anne Cipriano Frigo precisará cumprir medidas cautelares

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 10 ago 2021, 15h54 - Publicado em 10 ago 2021, 15h52

A empresária Anne Cipriano Frigo, suspeita de participar da morte de seu namorado, Vitor Lucio Jacinto, teve a prisão preventiva revogada. Responsável pelo caso, o juiz Marcus Alexandre Manhães Bastos, da 3ª Vara do Júri da Justiça de São Paulo, considerou que seria excessivo a manutenção da detenção.

Anne passará a cumprir medidas cautelares. Será necessário entregar o passaporte à Justiça, ela não poderá sair de casa aos fins de semana, feriados e está proibida de frequentar estabelecimentos que vendam bebidas alcoólicas.

De acordo com o magistrado, devido a posição de “destaque” da empresária, estando em “bastante evidência”, é tido como “muito difícil” supor que a soltura traria “riscos à instrução processual”. “De modo muito sincero, para este juízo, fica muito claro que, diante de seu potencial econômico, notório, não seria a prisão que a inibiria de promover atos direcionados a provocar prejuízos à prova do processo”, explica na decisão.

“Atente-se para o fato de que Anne é separada do pai de seus filhos e haveria evidente óbice a que empreendesse fuga, a não ser que se admitisse a possibilidade de que deixasse seus negócios e seus filhos para trás, o que não parece nada razoável. Ademais, sob a perspectiva de assegurar-se a aplicação da lei penal, sobreleva notar que medidas cautelares diversas do cárcere, neste caso, se revelam como de elevada eficácia e serão devidamente aplicadas adiante”, complementa o juiz.

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Na decisão, Marcus Bastos analisa que “não há nada que sequer sugira que Anne poderá praticar crimes”. Segundo ele, não há registros passados perante a justiça criminal e que “bem como as circunstâncias do caso e o sua possível motivação, a luz da peça acusatória (teórica, portanto), revelam evidente crime de ocasião, em contexto de relacionamento pessoal intenso”. Logo, isso não representa perigo à ordem pública, segundo o juiz, contanto que sejam respeitadas as medidas cautelares impostas.

Relembre o caso

Anne Cipriano Frigo, empresária de 46 anos, é acusada de ter mandado matar o namorado Vitor Lúcio Jacinto, de 42. Ela teria prometido pagar 200 000 reais para o corretor de imóveis Carlos Alex Ribeiro de Souza, 28, cometer o assassinato, segundo o DHPP (Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa). 

A Justiça de São Paulo decretou a prisão temporária de 30 dias de Anne e Carlos Alex. Ela foi investidora da empresa Museu da Imaginação e atua no ramo do papelão, além de ter um imóvel avaliado em 20 milhões de reais.

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Vitor Lúcio, que mantinha relação com Anne, foi encontrado morto no Jardim Herculano, na região da represa de Guarapiranga, Zona Sul de São Paulo, no dia 17 de junho. Segundo o delegado Fábio Pinheiro, diretor do DHPP, Carlos confessou o assassinato. Ele também disse que não chegou a receber o pagamento de 200 000 reais. 

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