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Diretor da Gaviões é preso por tentativa de assassinato a carnavalesco

Thiago Carlos Dionísio tinha mandado de prisão decretado há mais de um mês

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 12 Maio 2022, 19h13 - Publicado em 12 Maio 2022, 11h02
Thiago Carlos Dionísio, diretor da Gaviões, preso por tentar matar carnavalesco da própria escola
Thiago Carlos Dionísio, diretor da Gaviões, preso por tentar matar carnavalesco da própria escola (Polícia Civil/Divulgação)
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Um diretor de Carnaval da escola de samba da Gaviões da Fiel, principal torcida organizada do time do Corinthians, foi preso na noite desta quarta-feira (11) por tentativa de assassinato contra o carnavalesco responsável pelo desfile da própria agremiação.

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O caso aconteceu no dia 27 de março, quando Thiago Carlos Dionísio, de 38 anos, um dos sete diretores de Carnaval da escola de samba, espancou de forma violenta Zilkson da Silva Reis, de 42 anos, dentro do próprio barracão da torcida, no bairro do Bom Retiro. Mesmo ensanguentado e muito ferido, Zilkson foi deixado no local e só recebeu atendimento médico 14 horas depois.

As investigações que localizaram Thiago foram comandadas pela delegada Karla Regina Teixeira, titular da 2º DP (Delegacia de Polícia) do Bom Retiro. Ele era considerado foragido, já que desde o dia 1º de abril a sua prisão havia sido decretada pela Justiça.

Agora caberá ao Ministério Público Estadual decidir se apresenta ou não a denúncia ou se pede o arquivamento do caso.

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A Gaviões foi procurada para comentar o assunto, porém, não respondeu até a conclusão deste texto. A reportagem não localizou representantes da defesa de Thiago.

Relembre o caso

Thiago Dionísio, como é mais conhecido, teve o seu nome divulgado em todo o material de divulgação dos desfiles da escola de samba de São Paulo neste 2022, bem como o de Zilkson.

A agressão teria ocorrido às 10h do dia 27 de março, um domingo, após uma festa do chope no barracão da Gaviões, ocorrida na noite anterior. Thiago sustenta que flagrou o carnavalesco estuprando  uma mulher no barracão. Essa mulher seria a namorada de Thiago.

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Zilkson foi deixado inconsciente numa poça de sangue dentro do próprio barracão da escola. Ele só foi localizado e tirado de lá perto das 14h do domingo por uma integrante da escola que foi até o local para uma reunião. As pessoas que viram seu estado decidiram levá-lo a um hotel na região, onde ele ficou até por volta das 15h, quando uma parente o localizou. Só então ele foi atendido e levado à Santa Casa de Misericórdia.

O artista assina o Carnaval 2022 da escola, denominado Basta! Ele sofreu diversos ferimentos pelo corpo, sobretudo na cabeça, onde surgiram coágulos, e teve a costela quebrada. Procurada nesta quinta-feira (12), a defesa do carnavalesco se limitou a dizer que ele está se recuperando, porém, não deu detalhes de seu estado de saúde.

A escola de samba e o carnavalesco têm uma relação antiga. Esta foi a oitava edição do Carnaval paulistano que o artista colabora com a Gaviões da Fiel em seu desfile.

Inicialmente a agressão sofrida por Zilkson, que é amazonense, teve muito mais repercussão em seu estado natal do que no restante do país. Ele é colaborador do Boi Garantido, que participa do famoso festival folclórico de Parintins, onde nasceu. A importância do artista é tamanha para a sua terra natal que, além do Boi Garantido, ele recebeu solidariedade do Boi Caprichoso, o rival do Garantido.

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