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Denise de Freitas: a diva da temporada

Cantora é a recordista de óperas no Municipal em 2006

Por José Flávio Júnior
Atualizado em 5 dez 2016, 19h22 - Publicado em 18 set 2009, 20h35

No próximo domingo (17), a meio-soprano paulistana Denise de Freitas irá cedinho para o Teatro Municipal. Às 11 horas será a solista vocal de um concerto composto pelo checo Antonin Dvorák (1841-1904), com a Orquestra Sinfônica Municipal. Depois, vai almoçar e descansar um pouco em seu camarim. Às 17 horas retornará ao mesmo palco para encarnar o protagonista masculino na derradeira récita da ópera João e Maria – que também será a última no Municipal até meados de 2007, pois o teatro passará por reforma a partir de janeiro. A dupla jornada no domingo coroa uma temporada e tanto para Denise. Ela foi a cantora que mais conseguiu papéis principais nas óperas do Municipal. Interpretou o hilário Cherubino, em As Bodas de Fígaro, voltou como Laura, em La Gioconda, e agora vive o menino João, um cavalo de batalha que faz parte de seu repertório desde 2002. Se não bastasse, foi escalada como solista em dois concertos sinfônicos, cantou uma ópera com a Osesp, na Sala São Paulo, e participou de outras três no Festival de Ópera de Manaus.

“Denise não só canta lindamente como representa bem com a voz”, afirma o crítico e professor de ópera da USP Sergio Casoy. “Temo que ela não permaneça aqui por muito tempo, pois seu talento é para carreira internacional.” Aos 38 anos de idade, solteira, sem filhos e atualmente sem namorado, exibe outro atributo que a credencia para dar vida a diversos personagens: uma silhueta esguia. “Ela pode interpretar mulheres elegantes, homens, jovens e crianças de ambos os sexos”, diz Lenice Prioli, sua professora de canto lírico há onze anos.

Denise optou tardiamente pela carreira musical. Formada em letras, trabalhou como secretária bilíngüe antes de ingressar num coral amador da escola de idiomas Cultura Inglesa, no início dos anos 90. A soprano Martha Herr comandava o grupo e a ajudou a descobrir sua verdadeira vocação. Sem nenhum artista na família, ouvia elogios (“Você até que é afinada”) quando abria a boca para imitar seus cantores prediletos. Integrou uma banda de pop rock na época da faculdade. Mas a experiência de cantar hits do Legião Urbana e do duo inglês Everything But the Girl em bares da cidade durou pouco mais de um ano. Não que ela tenha perdido o gosto pela música popular. Da tradicional, aliás. “Sempre que quero relaxar, pego meus discos do Cartola e da Elis Regina”, conta.

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