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E-mail de operadora de postos de saúde pede subnotificação de Covid-19

"Não iremos mais notificar a população em geral, somente profissionais da saúde", diz texto de empresa responsável por gestão de postos de saúde na capital

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
2 abr 2020, 16h59

Cerca de 37 postos de saúde administrados pelo Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim (Cejam) na capital paulista receberam ordens da instituição para apenas notificar casos de contaminação pela Covid-19 de profissionais de saúde que se queixam de problemas respiratórios. As informações são da CNN Brasil. O Cejam é uma entidade sem fins lucrativos criada por advogados, médicos e outros profissionais que, por meio de contratos de gestão ou convênios em parceria com o Poder Público, atua na gestão de serviços e programas de saúde. 

A empresa gerencia serviços de saúde em bairros com Jardim Ângela e Capão Redondo, na Zona Sul, sendo responsável pelo atendimento de cerca de 614 000 habitantes da região. São 30 unidades básicas de saúde e sete AMAs (Assistência Médica Ambulatorial).

“Não iremos mais notificar a população em geral, somente profissionais da saúde com queixa respiratória (síndrome gripal), este deverá ser notificado no site do Ministério e coletar o swab, não abrir SINAN”, diz o e-mail enviado para as unidades de saúde, de acordo com a emissora.

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Swab é o item usado para coletar material para a realização de testes da Covid-19. Sinan é a plataforma do Ministério da Saúde para a notificação de casos da pandemia. “Os casos graves serão notificados em hospitais de referência da região”, diz também o e-mail, de acordo com a CNN.

Questionado, o Cejam, que é uma entidade sem fins lucrativos criada por médicos e advogados, afirmou que segue as diretrizes do governo para enfrentar a epidemia e que o e-mail apenas segue orientações da administração estadual e municipal. A Secretaria Estadual de Saúde, por sua vez, disse que não reconhece a determinação que foi seguida pelo Cejam.

A prefeitura de São Paulo afirmou que “não segue o protocolo” mencionado nas unidades de saúde. Disse ainda que a mensagem foi enviada “erroneamente” e que a orientação foi retirada. “O município decidiu manter o protocolo anterior, por entender que a situação epidemiológica específica da capital paulista exige que todo caso clinicamente indicado por médico como suspeito deve ser notificado independente de sua gravidade.”

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Por meio de contratos de gestão ou convênios em parceria com o Poder Público, o CEJAM atua na gestão de serviços e programas de saúde nos municípios onde atua.

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