Continua após publicidade

Condenada, grife M.Officer pode ficar 10 anos fora de SP

TRT manteve a condenação da empresa, denunciada após resgate de seis trabalhadores bolivianos foram em condições análogas à escravidão

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 8 nov 2017, 21h24 - Publicado em 8 nov 2017, 21h11

O Tribunal Regional do Trabalho (TRT) manteve a condenação por trabalho escravo à M5 Indústria e Comércio, dona da marca M.Officer. A empresa foi denunciada depois que seis trabalhadores bolivianos foram encontrados em condições degradantes, em 2014.

A decisão da quarta turma do Tribunal Regional do Trabalho também manteve o pagamento de 6 milhões de reais. Dois terços da indenização por danos morais coletivos; os outros 2 milhões são relativos à prática de dumping social (concorrência desleal resultado de práticas abusivas para reduzir os custos). Como toda ação desse tipo, os valores serão destinados ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

Além da indenização, a empresa terá que garantir ambientes de trabalho, alojamentos e cumprimentos dos direitos trabalhistas.

A vendas podem ser proibidas por até dez anos em todo o estado de São Paulo. “Vamos oficiar ao governo para aplicar a lei estadual, que determina a cassação da inscrição no cadastro de contribuintes de ICMS“, declarou o procurador Tiago Muniz Cavalcanti, coordenador nacional de Erradicação do Trabalho Escravo do Ministério Público do Trabalho.

Continua após a publicidade

A assessoria de imprensa da marca não comentou o caso.

O caso

Os procuradores afirmam que as peças da M. Officer eram produzidas por trabalhadores em jornadas exaustivas e em ambientes degradantes. Os trabalhadores foram resgatados uma oficina de costura no Bom Retiro, ganhando entre 3 a 6 reais por peça e trabalhavam, em média, 14 horas por dia. Além disso, o local não tinha distinção entre oficina e residência e havia risco de incêndio. Segundo a denúncia, os bolivianos não falavam português e costuravam em máquinas próximas a fiação exposta, botijões de gás e pilhas de roupas.

Segundo a ação, alguns imigrantes afirmaram que estavam pagando as passagens para o Brasil com as peças costuradas, o que configura indício de tráfico de pessoas para fins de trabalho, de acordo com o MPT.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital
Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de R$ 39,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.