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Cinemas paulistanos mudam o cardápio para cativar o espectador

A combinação clássica de pipoca e refrigerante é substituída pelos mais variados tipos de pratos e bebidas

Por Miguel Barbieri Jr.
Atualizado em 5 dez 2016, 19h27 - Publicado em 18 set 2009, 20h30

Foi-se o tempo em que os cinemas engordavam o faturamento apenas com a combinação pipoca-com-refrigerante. A maioria das salas da cidade ainda persiste nessa dobradinha, mas algumas delas estão repaginando o cardápio de seus cafés a fim de cativar o espectador. É uma boa notícia. O saguão do Espaço Unibanco, na Rua Augusta, por exemplo, passou por uma reforma e, desde a semana passada, conta com um novo bar de 36 lugares. Tortas, sopas, massas, quiches, empanadas e coquetéis alcoólicos aparecem agora no menu. Sócio do Frei Caneca Unibanco Arteplex, Espaço Unibanco, Cine Bombril e Cine TAM, entre outros, o empresário Adhemar de Oliveira é um grande incentivador da proposta de agregar cinema, cerveja e comidinhas. A idéia remonta aos tempos do extinto Cineclube Bixiga, comandado por ele no início dos anos 80, e foi aprimorada no Cinema 1, no Rio de Janeiro. “Conseguimos implantar com sucesso o conceito da convivência no saguão do cinema”, diz Oliveira. “O cliente pode tomar um café ou fazer uma refeição rápida sem nem precisar ver um filme.” Só não vale entrar com o prato de macarrão dentro da sala.

Na Avenida Paulista, o Reserva Cultural uniu comes e bebes mais refinados com a exibição de fitas de arte. Em 2005, o distribuidor cinematográfico Jean Thomas Bernardini e a consultora gastronômica Denise Pompeu de Toledo puseram abaixo o antigo Cine Gazetinha para dar lugar a um descolado mix de salas confortáveis, restaurante, bar e boulangerie. A empreitada deu certo. Hoje, é comum ver por lá engravatados na hora do almoço saboreando um salmão grelhado ao molho de queijo, o campeão dos pedidos. Os donos do Reserva Cultural, que tiram cerca de 1?000 cafezinhos ao mês e têm pedigree na pâtisserie (eles são proprietários da Pain de France), oferecem delícias como croque monsieur, mil-folhas e éclair de chocolate. Com catorze saladas e 25 pratos no cardápio, fazem cerca de oitenta refeições por dia, inclusive nos fins de semana. Uma carta de vinhos com quarenta rótulos, entre franceses, italianos, argentinos e chilenos, que vão de 31 a 110 reais, serve de boa companhia. “Já virou um programa paulistano almoçar ou jantar no Reserva antes ou depois da sessão”, afirma Denise.

O CineSesc, inaugurado em 1979 e o único da capital onde o espectador pode ver o filme de um bar, também incrementou recentemente sua seleção de tentações. Para acompanhar cervejas, uísques e licores, há pastéis de forno e deliciosas porções de bolinhos de tapioca.

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