Ciccillo Matarazzo e Yolanda Penteado: o casal 20 do agito
Colocar São Paulo no mapa das artes foi uma bela retribuição à cidade
Apaixonados por artes plásticas, cultos e refinados, Yolanda Penteado (1903-1983) e Francisco Matarazzo Sobrinho, o Ciccillo (1898-1977), ajudaram a transformar São Paulo na capital cultural da América Latina. Locomotivas da vida artística paulistana, eles reuniram em 1948 obras de seu acervo particular — com assinaturas de Alfredo Volpi, Di Cavalcanti e Marc Chagall, entre outros — para fundar o Museu de Arte Moderna de São Paulo, sediado na então badalada Rua Sete de Abril, no centro. Três anos depois, fizeram a primeira edição da Bienal de Artes de São Paulo, na Avenida Paulista. O MAM e a Fundação Bienal ficam hoje dentro do Parque do Ibirapuera. “Em vez de aparecerem em colunas sociais, eles se preocuparam em desenvolver o país”, diz Celita Procópio de Carvalho, presidente do conselho curador da Faap. “Ambos tinham apreço enorme pela arte.” Eles contribuíram também para a criação da Companhia Cinematográfica Vera Cruz e do Teatro Brasileiro de Comédia (TBC). “Eu me lembro de vê-los na televisão para promover os eventos”, conta a psicanalista Eleonora Rosset. Colocar São Paulo no mapa das artes foi uma bela retribuição à cidade onde as famílias do casal 20 amealharam fortuna e prestígio.
+ Veja mais personagens marcantes da cidade
VOTARAM
• Celita Procópio de Carvalho, presidente do conselho curador da Faap
• Cesar Giobbi, jornalista
• Eleonora Rosset, psicanalista
• Joyce Pascowitch, jornalista
• Ricardo Amaral, escritor