Continua após publicidade

Município chinês adota calçada para usuário de smartphone

Percurso com cerca de 50 metros de comprimento permite que pedestres escolham entre via "tradicional" ou outra destinada para quem está usando o celular

Por Redação VEJA SÃO PAULO
Atualizado em 5 dez 2016, 14h05 - Publicado em 16 set 2014, 13h07

A cidade de Chongqing, na China, resolveu inovar na hora de prevenir acidentes envolvendo pedestres que usam smartphones: implantou uma calçada de cerca de 50 metros de comprimento para quem está digitando ou falando ao celular. A via ao lado, no entanto, ficou destinada ao tráfego “tradicional”. 

 

Em entrevista a Associated Press, o responsável pela área de marketing da empresa que criou a faixa exclusiva explica: “Existem muitas crianças e pessoas de idade nas nossas ruas, e andar com seu celular pode causar uma colisão desnecessária”.  A ideia é baseada em um experimento conduzido neste ano pela National Geographic Television, em Washington (EUA), e o seu objetivo é chamar a atenção dos usuários de celulares para o quão desatentos eles ficam quando estão prestando atenção aos seus aparelhos. Assista ao vídeo:

 

Continua após a publicidade

Apesar das boas intenções da campanha, muitas pessoas questionam sua praticidade. Quem passava pela via em Chongqing parecia confuso e ignorava as instruções. Após a implantação da faixa exclusiva, a agência de marketing responsável pela ação declarou: “Quem usava o celular não seguia as marcas no chão. Eles não as notavam”. 

O problema da falta de atenção provocada pelos smartphones é assunto de diversos estudos nos EUA. Um artigo de 2013 mostra que 1 500 pedestres foram atendidos por lesões relacionadas ao uso de um telefone celular durante a caminhada – o número duplicou desde 2005. “Se as tendências atuais continuarem, não ficaria surpreso se o número de lesões de pedestres causadas por telefones celulares dobrasse de novo entre 2010 e 2015”, afirmou Jack Nasar, coautor do estudo e professor da Universidade Estadual de Ohio, 

 

Jovens entre 16 e 25 anos são os mais propensos a sofrer lesões como pedestres distraídos. A maioria deles já foi ferida enquanto usava o celular – 69% dos acidentes aconteceram durante uma ligação, enquanto apenas 9% foram resultado do envio de mensagens de texto. Os pesquisadores acreditam que a taxa de acidentes envolvendo pessoas que enviam torpedos é menor porque os usuários evitam enviá-los enquanto andam a pé. 

 

Além disso, o celular também aumenta a chance de os pedestres serem atropelados. Dois estudos realizados na Universidade de Illinois (EUA) colocaram voluntários em uma travessia de uma rua virtual. As pesquisas mostraram que ouvir música é completamente seguro, enquanto falar ao celular aumentou o tempo de travessia dos participantes em 25%. 

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital
Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de R$ 39,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.