Centenas de manifestantes pró-Bolsonaro fecham Avenida Paulista

Protesto deste domingo (19) pediu "Fora Doria", intervenção militar e fim da quarentena; carreata dificultou acesso a hospitais da região

Por Yan Boechat e Pedro Carvalho
Atualizado em 19 abr 2020, 18h03 - Publicado em 19 abr 2020, 17h29
Apoiadores do presidente Jair Bolsonaro em frente ao prédio da Fiesp (Yan Boechat/Veja SP)
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Num repeteco de uma ação realizada neste sábado (18), centenas de manifestantes fecharam as duas faixas da Avenida Paulista durante a tarde deste domingo (19) para demonstrar apoio ao presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e pedir o fim da quarentena ligada à epidemia de Covid-19.

O grupo se aglomerou em frente ao prédio da Fiesp e teve como palavras de ordem o “Fora Doria” (numa referência ao governador do Estado, que prorrogou a quarentena até 10 de maio), a defesa de uma intervenção militar e os ataques a órgãos de imprensa.

Além dos que protestavam a pé, a região também recebeu manifestantes em carreata, que fizeram um buzinaço. No sentido centro, os carros se enfileiraram da Fiesp até as proximidades da Rua da Consolação. No lado oposto, a fila passava da Avenida Brigadeiro Luís Antônio. A movimentação dificultou acessos a hospitais da região, como Oswaldo Cruz, Santa Catarina, Sírio-Libanês, Emílio Ribas e Hospital das Clínicas.

Por volta das 17h, as faixas foram liberadas e a carreata passou a fluir pela aglomeração da Fiesp. Ontem, uma carreata com ao menos cem veículos também fez um buzinaço na região.

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Carreata na Avenida Paulista pediu “Fora Doria” e fim da quarentena (Yan Boechat/Veja SP)
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Jair Bolsonaro e o governador João Doria (PSDB) têm mostrado posicionamentos diferentes sobre o novo coronavírus. Enquanto Doria defende o isolamento social e prorrogou a quarentena, o presidente quer acelerar a volta do funcionamento do comércio.

Neste domingo, manifestações pró-Bolsonaro também provocaram aglomeração em cidades como Brasília (DF) e Niterói (RJ), em desrespeito às recomendações das autoridades sanitárias que vêem no distanciamento social a única forma de tentar evitar um colapso no sistema de saúde do país devido ao novo coronavírus.

 

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