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Casa Cor se apronta para abrir ao público seus 125 ambientes na terça

Montagem da Casa Cor — da qual o Grupo Abril, que publica VEJA SÃO PAULO, é sócio — causou intensa movimentação no entorno do Jockey Club

Por Mariana Barros
Atualizado em 5 dez 2016, 18h47 - Publicado em 21 Maio 2010, 20h43

Em uma das paredes erguidas no jardim do Jockey Club, há cerca de 2 milhões de reais afixados. Esse é o valor estimado do painel do arquiteto italiano Gio Ponte (1891-1979) exposto no ambiente criado pelo arquiteto e conterrâneo Ugo di Pace na edição deste ano da Casa Cor. Aos 82 anos, cinquenta deles vividos em São Paulo, é a primeira vez que Di Pace integra a lista de profissionais que reinventam espaços para revelar as principais tendências de decoração e paisagismo. Brin dando a essa participação, ele concebeu um local que chama atenção pelas antiguidades, como uma cuba gótica do século VIII no corredor de entrada, pés de mesa do século XVII sob um tampo de mármore, cantarias portuguesas do século XVIII na porta principal e parte do acervo do bibliófilo Pedro Corrêa do Lago recheando a biblioteca de bambu.

“É mais fácil fazer uma obra de verdade que isto aqui”, diz Di Pace sobre sua première. “Sinto-me um pouco perdido nos prazos e na rotina de uma exposição.” No início da tarde da segunda-feira passada, em meio ao vaivém de trabalhadores e à poeira levantada pelos veículos que descarregavam materiais, o arquiteto falava exasperadamente ao telefone, esbravejando por causa de uma peça entregue quebrada. Instantes depois, porém, ele já retomara calma e alegremente as suas atividades. “Tenho vindo todos os dias. Trabalho como um pedreiro”, afirma, sorrindo.

A montagem da Casa Cor — da qual o Grupo Abril, que publica VEJA SÃO PAULO, é sócio — causou intensa movimentação no entorno do Jockey Club. Cerca de 4 000 pessoas estiveram envolvidas na criação de 125 ambientes, assinados por 166 profissionais. Vans, caminhões, Kombis e carros abarrotados de móveis, plantas e objetos tomaram a pista da direita da Avenida Lineu de Paula Machado enquanto aguardavam para entrar. Lá dentro, entregadores zanzavam de um lado para outro à procura dos destinatários de suas encomendas. Assessores pendurados ao celular davam e recebiam um rosário de instruções. E, na hora do almoço, as arquibancadas do hipódromo faziam as vezes de refeitório, ocupadas por funcionários em busca de uma área tranquila e preservada das obras para comer. Na correria dos últimos preparativos, os trabalhos foram esticados madrugada adentro. Turnos sucessivos na reta final permitiram que as atividades prosseguissem sem pausas, por 24 horas diárias.

O resultado será revelado ao público a partir desta terça-feira (25) e seguirá em cartaz até 13 de julho. “Vai ficar pronto a tempo”, diz o presidente da Casa Cor, Angelo Derenze, enquanto caminha em meio à areia esparramada e se desvia dos fios elétricos e carrinhos de mão. “E, se algo não ficar, ninguém nunca saberá.” Pela segunda vez à frente do evento, Derenze habituou-se a inspecionar os espaços à noite, quando o ritmo frenético que impera durante o dia já está amainado. Do contrário, diz ele, fica difícil dar dois passos sem ser interceptado. A tática de aparecer somente ao anoitecer rendeu-lhe, entre os organizadores, o apelido de Conde Drácula. Trata-se, no entanto, de um vampiro do bem. “Minha maior preocupação é ver se está tudo adequado às normas de segurança, às exigências do Contru, do Corpo de Bombeiros etc.”

Além da mostra tradicional, há outros três núcleos temáticos no Jockey: a Casa Kids, a Casa Hotel e a Casa Talento, novidade desta edição. A primeira possui espaços de inspiração infantil e locais onde as crianças podem brincar sob a supervisão de monitores, enquanto aguardam os pais. Já a Casa Hotel, voltada ao segmento de hotelaria, expõe suítes inspiradas em personalidades como o ex-jogador Raí, a cantora Daniela Mercury e as apresentadoras Ana Maria Braga e Adriane Galisteu. Também integra a seção um tipo de espaço nunca antes exposto em uma Casa Cor: o camarote. Fruto da demanda de casas de espetáculos, casas noturnas e organizadores de grandes eventos, esse local reservado foi incorporado ao portfólio da mostra e estreia com motivos da Copa do Mundo da África do Sul.

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Na Casa Talento os objetos prevalecem sobre o ambiente. Designers e artistas exibirão suas peças em uma espécie de galeria ampla concebida por Chris Ayrosa e Gica Messiara. O grupo negocia sua participação no Salão Internacional do Móvel de Milão, na Itália, tradicional feira do setor que ocorre em abril.

Para encher não só os olhos mas também a barriga, a Casa Cor oferece uma área gastronômica com filiais dos restaurantes Badebec, Limonn e Nico Pasta & Basta, da pizzaria Sala Vip e do japonês Koni Store. Já os balcões de Dona Deola, Sweet Brasil, Dulca e Loja de Chá estarão à disposição para lanches, sopas, doces e cafezinhos. Espaços ao ar livre são destaque. O boulevard poderá ser percor- rido de bicicleta ou em carrinhos elétricos, gratuitamente. A Praça Terra Brasilis, de Alexandre Furcolin, com vegetação que reproduz os contornos do país, e a Praça Tropical, criação de mosaicos de Ana Paula Magaldi, exaltam ainda mais os exteriores do Jockey Club.

Dicas para aproveitar melhor o evento:

■ Pais acompanhados de crianças poderão deixá-las, gratuitamente, aos cuidados de monitores na área Casa Kids

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■ Bicicletas e carrinhos (também gratuitos) facilitarão o deslocamento entre os 54 000 metros quadrados da mostra

■ Se bater aquela fome durante o passeio, é possível acalmar o estômago nos restaurantes Badebec, Limonn, Nico Pasta & Basta, Sala Vip e Koni Store

■ Quem quiser só um lanche ou mesmo tomar um café poderá se abastecer nos espaços de Dona Deola, Sweet Brasil, Dulca e Loja de Chá

■ Nos dias 12 e 13 de julho, haverá uma venda especial de itens expostos com descontos de 30% a 70%

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■ As marcas Stella Artois, de cerveja, e Chandon, de espumantes, farão degustações de seus produtos

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