Anuário da Justiça Paulista traça perfil dos desembargadores da cidade
O anuário traz dados interessantes, por exemplo, 44% das desembargadoras se chamam Maria
Homem, casado, paulistano, professor, pós-graduado, formado pela Faculdade de Direito da USP. Esse é o perfil de boa parte dos 348 desembargadores e 78 juízes substitutos do Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo, de acordo com o Anuário da Justiça Paulista, publicado pela primeira vez pelo site Consultor Jurídico. Lançado no último dia 29, o guia de 306 páginas é uma radiografia do maior tribunal do mundo, segundo o site. O Palácio da Justiça e outros três prédios empregam 33 100 servidores, abrigam 1,1 milhão de processos em tramitação e recebem 500 000 novos recursos por ano. “Sob qualquer ponto de vista, o TJ de São Paulo é o maior do planeta”, afirma o diretor de redação do Consultor Jurídico, Maurício Cardoso. Durante quatro meses, trinta profissionais, vinte deles jornalistas, entrevistaram 300 desembargadores – os outros 48 não quiseram falar. Além de mostrar como julgam e trabalham as 73 câmaras da casa, a publicação levantou informações curiosas sobre os magistrados (veja quadro).
Para julgar cerca de 1 300 processos por ano, eles recebem a partir de 24 500 reais de salário mensal. “O TJ de São Paulo é o menos informatizado do país”, diz Cardoso. A burocracia consome 70% do tempo de tramitação de um processo. Essa é uma das causas da espera de cinco anos, em média, por uma sentença na Justiça paulista.
92% dos desembargadores são casados
44% das desembargadoras são separadas
17% dos desembargadores se chamam Antônio
44% das desembargadoras se chamam Maria
49% nasceram em São Paulo
41% se formaram na USP