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Antes do humor, Batoré tentou ser jogador de futebol e sofreu grave lesão

Humorista, que também se aventurou na política, morreu na tarde desta segunda-feira em São Paulo vítima de câncer; relembre trajetória

Por Redação VEJA São Paulo Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 10 jan 2022, 19h54 - Publicado em 10 jan 2022, 19h39

Nascido no ano de 1960 na cidade de Serra Telhada, em Pernambuco, Ivanildo Gomes Nogueira, o Batoré, morreu vítima de câncer nesta segunda-feira (10). Antes de ficar famoso como comediante e ganhar espaço no programa “A Praça é Nossa”, ele tentou ser jogador de futebol profissional. Mais recentemente, atuou na política.

Ele se mudou para a Grande São Paulo ainda na infância, junto com seus pais e sete irmãos.

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Segundo reportagem publicada no UOL, que traçou o perfil de Batoré no futebol, Ivanildo, ainda adolescente, em meados da década de 1970,  jogou em times da cidade de Mauá. Também atuou nas categorias de base do São Paulo, porém, a falta de dinheiro para ir treinar impediu que ele fosse saísse de Mauá e fosse até o Morumbi para treinar.

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Mais tarde ele defendeu times como Saad, Santo André, Ituano e Paulista de Jundiaí.

Sua carreira no futebol e o sonho de ser jogador profissional foi encurtado por uma entrada violenta de um colega de time, ainda quando ele atuava no Ituano. O resultado do carrinho que seu companheiro de time desferiu lhe rendeu lesões nos dois tornozelos, que o obrigou a ficar três meses engessado da cintura para baixo.

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Em vida ele contou que foi durante a sua recuperação que criou um quadro de humor. Ainda acamado, teve a ideia de fazer uma esquete de um jogador em câmera lenta.

Recuperado, sua primeira aparição na TV foi nos anos 1980, no show de calouros apresentado por Silvio Santos.

Foi lá que ele apresentou a esquete “Gol em Câmara Lenta”. Depois disso ele passou a fazer figuração na emissora, no programa “A Praça é Nossa”, na pele de um garçom.

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O personagem Batoré e seus bordões “você pensa que é bonito ser feio”, e “ah, para, ô”, só nasceram mais tarde, em 1993, quando ele mesmo mostrou o personagem a Carlos Alberto de Nóbrega. O apresentador gostou e Batoré ganhou mais destaque, ficando no programa até o ano de 2004.

Política

Alguns anos depois, e ainda com o sucesso de Batoré, ele apostou na política. Conseguiu se eleger para o cargo de vereador em Mauá em 2008, pelo então PP, atual Progressistas. Foi o terceiro vereador mais votado da cidade.

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Batoré foi reeleito em 2012, entretanto, dois anos depois, teve o mandato cassado dois anos depois por infidelidade partidária por ter se transferido para o PRB, que hoje é Republicanos.

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Logo depois, em 2016, atuou em produções exibidas pela TV Globo. Primeiro foi como ator na novela “Velho Chico” e depois na série “Cine Holliúdy”.

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Em 2019  ele se envolveu em polêmica. Em um vídeo postado nas redes sociais, ele chegou a criticar o STF (Supremo Tribunal Federal). O vídeo foi feito após o caso envolvendo o cantor Sérgio Regis, alvo de uma operação da PF (Polícia Federal), também por críticas à Corte.

Lamento

A Câmara de Vereadores de Mauá emitiu uma nota lamentando a morte do humorista. “Lamentamos profundamente a morte do ex-vereador Ivanildo Gomes, popularmente conhecido como Batoré. Ele foi vereador por dois mandatos (2009 – 2014) e morreu hoje em decorrência de um câncer. Nossos sentimentos aos familiares e amigos”, informa a nota.

O SBT também emitiu nota lamentando a perda do seu ex-funcionário. O SBT se solidariza com a família de Ivanildo, que deixa os filhos Ivan e Alexandra, com todo o público que sempre aplaudiu Batoré, e com seus colegas e amigos de A Praça é Nossa, e pede a Deus que os conforte neste momento difícil”, informa trecho do comunicado.

Durante entrevista na noite desta segunda-feira à Jovem Pan, o presidente Jair Bolsonaro também lembrou da morte do humorista. “Uma notícia triste: morreu o Batoré, de câncer. Sempre fui um seguidor do Batoré. Nossos sentimentos”, afirmou.

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