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Alckmin inaugura metade das estações de metrô em ano eleitoral

Prestes a encerrar o quarto mandato, tucano vai aumentar bastante esse índice nos próximos meses

Por Sérgio Quintella Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 8 mar 2018, 16h45 - Publicado em 8 mar 2018, 16h25

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, precisará deixar o Palácio dos Bandeirantes até o início de abril caso dispute as eleições para a Presidência da República, em outubro. Antes de se despedir do Morumbi, no entanto, o tucano terá uma grande agenda de inaugurações de novas estações de metrô.

Nos próximos trinta dias, seis paradas estão previstas para começar a operar: Oscar Freire (2-Amarela), Moema (5-Lilás), São Lucas, Camilo Haddad, Vila Tolstói, Vila União e Jardim Planalto (15-Prata).

O número fará com que Alckmin seja o gestor estadual paulista que mais inaugurou estações em ano de escolha para governador e presidente (a partir de 1989). Desde que assumiu o posto de Mário Covas, em janeiro de 2001, o tucano comandou o Estado por treze anos (2001-2006 e 2011-2018). Nos dois períodos, foram dezenove terminais abertos ao público, das quais dez em períodos eleitorais, o que dá um percentual de 52%.

Com as novas estações prometidas para abril, esse índice subirá para 65% e passará o então “vice-campeão” Laudo Natel, que comandou o Estado na década de 70 e abriu sete das doze paradas no último ano de mandato, um percentual de 58%. Antecessor de Geraldo Alckmin, Mário Covas abriu cinco estações, todas em 1998, ano em que se reelegeu no segundo turno com 55% por cento dos votos válidos.

O rol de inaugurações após a possível saída de Alckmin continua: até dezembro, o vice Márcio França (PSB), que assume o posto no lugar do governador e concorrerá a um segundo mandato, entregará mais nove novas obras.

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O secretário estadual de Transportes Metropolitanos, Clodoaldo Pelissioni, afirma que tudo não passa de obra do acaso. “É coincidência. Nunca seguramos inaugurações para esperar as eleições. É muito melhor entregar o quanto antes, mas os atrasos ocorrem de várias formas, como quando há rescisão de contratos, no caso da Linha 4-Amarela”, afirma. “Investimos 13 bilhões de reais nos três primeiros anos e serão mais 5 bilhões agora”.

A prática de inaugurações de estações de metrô em épocas eleitorais não é uma praxe apenas da administração atual. Desde que o metrô passou a operar, em 1974, as datas coincidiram em 43% dos casos.

Confira abaixo as obras do metrô inauguradas pelos governadores paulistas (em negrito quando ocorreu em ano eleitoral)

Laudo Natel (1971-1975): Jabaquara, Conceição, São Judas, Saúde, Praça da Árvore, Santa Cruz, Vila Mariana, Ana Rosa, Paraíso, Vergueiro, São Joaquim e Liberdade.

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Paulo Egydio Martins (1975-1979): , São Bento, Luz, Tiradentes, Armênia, Tietê, Carandiru, Santana e Brás.

Paulo Maluf (1979-1982): Tatuapé, Belém, Bresser, Pedro II e República.

José Maria Marin (1982-1983): nenhuma estação.

Franco Montoro (1983-1987): Penha, Carrão, Anhangabaú e Santa Cecília.

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Orestes Quércia (1987-1991): Ana Rosa, Paraíso, Brigadeiro, Trianon-Masp, Consolação, Corinthians-Itaquera, Arthur Alvim, Patriarca, Guilhermina-Esperança, Vila Matilde, Marechal Deodoro e Barra Funda.

Luiz Antonio Fleury (1991-1994): Clínicas.

Mário Covas (1995-1999): Jardim São Paulo, Parada Inglesa, Tucuruvi, Sumaré e Vila Madalena.

Mário Covas (1999-2001): nenhuma estação.

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Geraldo Alckmin (2001 a 2002): Capão Redondo, Campo Limpo, Vila das Belezas, Giovanni Gronchi, Santo Amaro e Largo Treze.

Geraldo Alckmin (2002 a 2006): Santos-Imigrantes.

Cláudio Lembo (2006-2007): Chácara Klabin.

José Serra (2007-2010): Sacomã e Alto do Ipiranga.

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Alberto Goldman (2010 a 2011): Vila Prudente, Tamanduateí, Paulista e Faria Lima.

Geraldo Alckmin (2011 a 2015): Luz, República, Fradique Coutinho, Pinheiros, Butantã, Adolfo Pinheiro, Vila Prudente e Oratório.

Geraldo Alckmin (2015 a 2018): Higienópolis-Mackenzie, Alto da Boa Vista, Borba Gato e Brooklin.

Entregas previstas para 2018 (até abril): Oscar Freire (2-Amarela), Moema (5-Lilás), São Lucas, Camilo Haddad, Vila Tolstói, Vila União e Jardim Planalto (15-Prata). Após abril: São Paulo-Morumbi (2-Amarela), AC Camargo-Servidor, Hospital São Paulo, Chácara Klabin, Santa Cruz e Campo Belo (5-Lilás), Fazenda da Juta, Sapopemba e São Mateus (15-Prata).

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