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‘Ajuda internacional me parece importante’, diz Salles sobre a Amazônia

Em participação no Roda Viva, ministro do Meio Ambiente relacionou dificuldades econômicas do governo ao aumento da depredação da floresta

Por Estadão Conteúdo
27 ago 2019, 09h01

O ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, afirmou, na noite desta segunda-feira (26) que “nunca se negou que há um aumento de desmatamento de 2012 até agora, com aceleração a partir de 2015” no Brasil. Entre outros problemas, ele relacionou este crescimento às dificuldades econômicas do governo federal e refutou a posição do Palácio do Planalto, anunciada pouco antes, de recusar 20 milhões de dólares oferecidos pelo G7, o grupo de países mais ricos do mundo, para auxiliar no combate a incêndios na Amazônia.

“No que eu li, os US$ 20 milhões viriam através da colocação de equipamentos, de aviões. Em sendo assim, me parece uma ajuda importante de ser aceita”, disse o ministro durante entrevista a jornalistas no programa Roda Viva, na TV Cultura.

Informado que a decisão de negar a ajuda fora confirmada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, Salles emendou: “Onyx é ministro da Casa Civil, tem papel político e sou ministro do Meio Ambiente e tenho outra visão. Minha visão é técnica para agregar equipamentos”.

Além dos problemas econômicos, Salles citou a “falta de respaldo” que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgãos do governo federal, encontram nos governos estaduais, alguns recém-empossados e também com dificuldades orçamentárias. Com a fragilidade da fiscalização, Salles ligou as queimadas ao aumento do desmatamento. “Mais desmatamento, mais queimadas.”

Sobre o chamado “Dia do fogo”, ação supostamente organizada por agricultores do Pará, que iniciaram incêndios florestais em 10 de agosto para desafiar a fiscalização e ampliar áreas de cultivo, o ministro afirmou que o Ibama foi acionado, mas classificou a ação como caso de polícia. “Vamos admitir que houve essa atitude criminosa. Se houve, é caso de polícia”, afirmou. “Nossa equipe tem tomado as medidas que são possíveis de serem implementadas. Foram 12 ofícios pedindo, desde fevereiro, apoio policial no Pará.”

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Entre outras ações adotadas, Salles citou o decreto de Garantia da Lei e da Ordem (GLO), assinado pelo presidente Jair Bolsonaro na sexta-feira (23) para garantir o uso da Força Nacional e do Exército no combate aos incêndios na Amazônia. Segundo ele, medidas mais rígidas, como a proibição do uso de fogo em qualquer hipótese na região durante o período de estiagem, estão sendo avaliadas. “Isso está na Casa Civil para ser avaliado juridicamente. Mas é uma possibilidade bastante concreta, queremos fazer e vamos ter uma resposta final amanhã (hoje, terça-feira).”

O ministro considerou ser possível voltar a receber recursos do Fundo Amazônia, suspensos por Noruega e Alemanha após a interferência do governo brasileiro. “Nós não sabotamos o Fundo Amazônia, propusemos um novo modelo. (…) Esperamos uma solução de consenso muito em breve e, sendo retomado, passa a fruir os recursos, em um modelo novo”, afirmou.

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