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Por Arnaldo Cheixas
Terapeuta analítico-comportamental e mestre em Neurociências e Comportamento pela USP, Cheixas propõe usar a psicologia na abordagem de temas relevantes sobre a vida na metrópole.
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“A vingança nunca é plena; mata a alma e a envenena”

Vingança é qualquer ação que prejudique intencionalmente alguém com o objetivo de reparar algum mal prévio causado a quem a pratica. O desejo de vingança é uma das consequências que surgem quando uma ferida sofrida não é superada, o que gera sentimentos de mágoa e rancor. Uma pessoa com rancor pode desenvolver depressão, transtornos ansiosos, doenças psicossomáticas, […]

Por VEJA SÃO PAULO
Atualizado em 26 fev 2017, 15h04 - Publicado em 18 ago 2015, 20h04

vinganca

Vingança é qualquer ação que prejudique intencionalmente alguém com o objetivo de reparar algum mal prévio causado a quem a pratica. O desejo de vingança é uma das consequências que surgem quando uma ferida sofrida não é superada, o que gera sentimentos de mágoa e rancor. Uma pessoa com rancor pode desenvolver depressão, transtornos ansiosos, doenças psicossomáticas, o sentimento (e comportamentos) de vingança ou qualquer combinação desses elementos.

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No caso da vingança, a pessoa acredita que a única forma de reparar o mal sofrido e, de certo modo, garantir que a justiça seja feita, é fazer com que o seu algoz passe por um sofrimento equivalente. O quadrimilenar Código Hamurábi já registrava os princípios de reciprocidade da lei de talião, muito bem expressos na Bíblia com a máxima “Olho por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé” (Êxodo, 21: 24). O desejo de vingança é muitas vezes interpretado equivocadamente como um desejo de justiça.

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Ao achar que se trata de uma busca por justiça (e não por vingança), a pessoa passa a justificar para si mesma suas ações vingativas. As consequências da vingança (seja na forma de desejo ou de ação) são devastadoras.

1) Não desfaz o mal sofrido no passado. 2) Não ajuda a superá-lo. Pelo contrário, agrava o sentimento de rancor. 3) Tira um tempo precioso da vida da pessoa, que poderia ser utilizado em coisas que servissem para construir o bem-estar. 4) Produz doenças psicossomáticas. 5) Cria uma imagem negativa para os outros, de modo a afastar pessoas que poderiam acrescentar em sua vida.

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Há dois fatores principais que determinam o desejo de vingança e que, portanto, precisam ser superados para determinar o fim do sofrimento causado por tal desejo.

Se você quer se livrar do sofrimento causado pelo sentimento de vingança, é importante resolver essas duas questões:

1) A vingança gera um prazer imediato. Por gerar um prazer imediato, a vingança produz uma sensação momentânea de que valeu a pena. Igualmente como ocorre no caso das drogas, esse prazer imediato não representa muito diante dos prejuízos causados. Vingança só gera mais vingança e, com ela, mais rancor e infelicidade.

2) A angústia atual e crônica (gerada por causa do rancor) é vista como tendo sido causada pela pessoa que lhe fez algum mal no passado. Esta interpretação é equivocada porque, embora o mal sofrido possa realmente ter gerado dor e sofrimento, sua transformação em rancor depende do próprio indivíduo.

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O rancor nada mais é do que a cronificação voluntária e artificial da dor. Isso é produzido por expectativas fantasiosas de que se pode controlar os acontecimentos externos e por um a baixa tolerância à frustração. Não há vida saudável compatível com a vingança. Certo mesmo estava o Seu Madruga.

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