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Roteirista de CSI faz palestra em São Paulo

  “O que acontece com o trânsito nesta cidade? Levei duas horas do aeroporto até aqui”, diz Elizabeth Devine, roteirista da série CSI, enquanto espera sua apresentação ser organizada no Museu da Imagem e do Som. Ela era a convidada especial da NET para um curso de produção nacional de seriados. Durante a masterclass de […]

Por Juliene Moretti Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 26 fev 2017, 23h30 - Publicado em 21 nov 2013, 20h40
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Liz Devine: roteirista e ex-investigadora fala sobre os bastidores de CSI (foto: Victor Dragonetti)

 

“O que acontece com o trânsito nesta cidade? Levei duas horas do aeroporto até aqui”, diz Elizabeth Devine, roteirista da série CSI, enquanto espera sua apresentação ser organizada no Museu da Imagem e do Som. Ela era a convidada especial da NET para um curso de produção nacional de seriados. Durante a masterclass de duas horas, Devine contou sobre a trajetória de CSI, uma das séries de maior sucesso na televisão americana, que completa este ano catorze temporadas. Os melhores momentos aqui:

Como a série surgiu?

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CSI: primeiro elenco em 1999

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Anthony E. Zuiker trabalhava no Mirage, em Las Vegas e a vida inteira foi viciado em programas de TV que investigava crimes reais. Ele decidiu se aproveitar da máxima “o que acontece em Las Vegas, fica em Las Vegas” e misturar esses dois mundos. Afinal, Las Vegas tem essa áurea de que tudo tem que ser escondido. Zuiker ficou obcecado pelo assassinato de uma modelo e como foi resolvido por causa de um fio de cabelo na cena do crime. Durante as investigações, ele viu que tinha uma turma que entrava depois dos policiais em cena. Eram os CSA’s, cientistas que entravam depois da polícia para montar a cena no crime. Ficou mais obcecado ainda: saia atrás dos cientistas, ficada horas no laboratório, perguntava e perguntava. Deve ter sido muito inconveniente. Mas, enfim, ele conseguiu montar a série. A ideia era ter a evidência do crime como o personagem principal. Ninguém queria ver se a bala atingiu ou não o corpo, o público quer ver como a bala explodiu o coração. E foi exatamente isso que ele fez.

Última da chamada

Quem conhece Zuiker sabe que ele é um showman. O projeto do CSI foi o último a ser apresentado. E último do último. Ele conseguiu convencer todo mundo a prestar atenção no que ele dizia. Normalmente, os picths acontecem entre julho e setembro. Este foi feito em outubro. Assim como o piloto gravado que aconteceu em março (normalmente, os estúdios finalizam em fevereiro). Na hora de lançar, a ABC e a Touchstone deram para trás e a CBS decidiu arcar com tudo sozinha. Tenho pena do cara que tomou a decisão de desistir da série. Provavelmente, hoje ele é um dos taxistas que fica duas horas preso no trânsito de São Paulo. Por apostar sozinha, o canal decidiu colocar na grade, numa sexta as 22h, depois da série O Fugitivo, grande aposta na época. Esse não era um bom horário, já que o público estaria fora de casa, provavelmente assistindo ao jogo de futebol dos filhos. Só que foi um sucesso: as pessoas chegaram em casa, começaram a assistir e quando estavam quase desligando a televisão para dormir porque “tinham certeza” de quem era o assassino, a história toda mudou. Ninguém desligou.

[youtube https://www.youtube.com/watch?v=u4Iy3CuEpZg?feature=oembed&w=500&h=375%5D)

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E a gente tinha outro problema: fazer uma temporada inteira de surpresas como essas.

Como eu fui parar na série?

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Liz: desistiu da polícia de Los Angeles para se dedicar ao CSI (foto: Victo Dragonetti0

Moro em Los Angeles e era estudante de medicina. Eu ia cursar cardiologia. Mas não gostava nada de ver as pessoas sofrendo. Um professor me indicou a medicina forense e eu achei uma boa alternativa, já que meus “pacientes” estariam mortos. Da faculdade, foi para a LAPD (a polícia de Los Angeles) trabalhar com investigações. Passei pelo necrotério e depois, para o DNA. Estava no cargo que eu queria quando me ligaram do estúdio pedindo ajuda técnica. Eu disse que só podia as sextas, meu dia livre. Ajudei em tudo, preparação dos atores, informações sobre equipamentos, como se manuseia, o que é possível, o que não. Muita gente duvida, mas todos os aparelhos que aparecem em cena são reais. Tem apenas uma coisa que não é verdadeira: o tempo. O processo de análise de uma evidência pode levar dias e em CSI precisamos acelerar isso, ou então, não sai a série.

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Não demorou muito, eu estava absorvida pela série. Um dia, perguntaram se eu gostaria de pedir demissão da polícia de Los Angeles e ficar período integral com o elenco. Imagina: eu estava no emprego dos meus sonhos, no cargo que eu queria… E acabei aceitando sair. Ninguém me apoiou. Minha filha ainda me disse: “É mais importante pegar os caras maus do que fazer televisão” e ela tinha razão. Mas eu queria fazer. Lógico que ela calou a boca depois que eu dei um computador novo de presente para ela. Hoje, escrevo meus episódios também.

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