A expressão de Bruna Marquezine representa a dos espectadores de “Em Família”: tédio

Calma, está acabando. Depois de muito drama, audiência minguada e de inúmeros cafés da manhã no Leblon ao som de bossa nova, a novela Em Família chega ao fim nesta sexta (18). Nas redes sociais, o folhetim de Manoel Carlos não passou em branco: virou sinônimo de marasmo. História sonolenta? Morna? Ou só realista, narrada no compasso sereno do dia a dia? A atração da TV Globo dividiu o público, mas deixou a impressão de que a fórmula do pai de tantas Helenas está um tanto desgastada.

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Não faltaram, claro, motivos para que os espectadores soltassem o verbo na internet. A seguir, veja 10 motivos para se irritar com o ramerrame da novela das nove:

10. A passividade de Virgílio

O personagem bom, extremamente bom, interpretado por Humberto Martins passou quase toda a novela com aquele jeitão de quem está sempre pronto para dar a outra face a tapa. Galã perfeito? Hmm. Na verdade, ele tem potencial para entrar na lista dos mocinhos mais insossos de todos os tempos.

9. Laerte é um vilão de uma nota só

Se Virgílio é só paz-e-amor, Laerte (Gabriel Braga Nunes) parece se tornar especialmente insuportável a cada capítulo. O mais ciumento dos ciumentos, o personagem só aparece em cena para tirar alguém do sério. Inclua aí o espectador.

8. O beijo gay provocou pouco impacto

Muito se falou sobre o grande momento entre Clara (Giovana Antonelli) e Marina (Tainá Müller). Mas a cena do beijo na boca, além de não ter decolado na audiência, deixou a impressão de ter sido forçada para provocar falatório. Não colou, Maneco, não colou.

7. A falta de suspense entre um capítulo e outro

Enquanto Avenida Brasil deixava o público com o coração na mão entre um e outro episódio, Em Família provocou efeito oposto: os capítulos terminavam quase em ponto morto, sem muitos “ganchos” fortes para prender a atenção. Na semana final, tentou-se resolver esse problema com cenas quase ridículas (o tiro de Helena? O envelope com exame de DNA?). Mas a novela segue um convite ao sono, em resumo.

6. Cadê conflito?

Muitas das tramas paralelas – como a disputa pelo coração do personagem de Reynaldo Gianecchini, por exemplo – foram resolvidas de forma simples, sem complicações ou emoção, com um bate-papo rápido e civilizado. Para quem gosta de ver “o circo pegar fogo”, foi uma novela frustrante.

5. Helena ficou em segundo plano

A personagem principal, interpretada por Julia Lemmertz, foi ofuscada por outros tipos da trama – principalmente pelo par formado por Luiza (Bruna Marquezine) e Laerte. Em boa parte da trama, a impressão era de que ela havia ficado sem função na narrativa.

4. Depois da primeira semana, virou um marasmo

Apesar dos erros, o início de Em Família prometia uma trama com intrigas e reviravoltas de sobra. Mas, depois de uma semana intensa, o folhetim se acomodou, desacelerou e perdeu quase toda a graça dos primeiros capítulos. Faltou imaginação?

3. A convivência entre Marina e a amiga ciumenta

Um dos maiores mistérios da história: por que Marina (Tainá Müller) aceitou conviver por tanto tempo com a assistente Vanessa (Maria Eduarda), que morre de ciúmes da amiga? Ainda estamos esperando uma explicação convincente. Seria masoquismo?

2. A paciência (infinita) de Luiza com Laerte

Outro grande enigma do folhetim: depois de muitas, MUITAS demonstrações de que é um dos homens mais desprezíveis do planeta, Laerte conseguiu convencer Luiza (uma mulher moderna, descolada, bonita e cheia de amigos) a se casar com ele. Como explicar?

1. Todas, absolutamente todas cenas com FLAUTAS

Ok. Este post conseguiu nos irritar. :/

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