“Adeus, Palhaços Mortos!”: o encanto da provocação
Em curva ascendente de produção, o paulistano José Roberto Jardim comprova que foi feliz ao privilegiar a carreira de encenador em relação à de ator na recente temporada. Depois de montar “Chet Baker, Apenas um Sopro” e “Não Contém Glúten”, o diretor dá um salto com a adaptação do conto “Um Trabalhinho para Velhos Palhaços”, […]
Em curva ascendente de produção, o paulistano José Roberto Jardim comprova que foi feliz ao privilegiar a carreira de encenador em relação à de ator na recente temporada. Depois de montar “Chet Baker, Apenas um Sopro” e “Não Contém Glúten”, o diretor dá um salto com a adaptação do conto “Um Trabalhinho para Velhos Palhaços”, do romeno Matéi Visniec.
+ Grace Gianoukas: “Seria imaturo eu ficar deslumbrada”.
A tragicomédia “Adeus, Palhaços Mortos!” chega ao palco com contornos de drama. Ao lado do elenco da Academia de Palhaços, Jardim construiu um espetáculo provocativo na mensagem e encantador no visual. No centro da cena, um cubo recebe projeções frenéticas. Dentro dele, Lala e Pupa (vividas por Laíza Dantas e Paula Hemsi), artistas circenses em fim de carreira, reencontram-se depois de anos afastadas.
+ Clarice Niskier relembra histórias de uma década de “A Alma Imoral”.
O picadeiro, agora, é uma agência de empregos — e só há uma vaga em jogo. A rivalidade se intensifica com a chegada de Poci (papel de Rodrigo Pocidônio), outro velho colega de olho no cargo. Como o recrutador nunca aparece, tal qual o Godot de Samuel Beckett, o trio destila mágoas e oferece um melancólico retrato dos artistas em contraste com os novos tempos (70min). 12 anos. Estreou em 15/7/2016.
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+ Centro Cultural São Paulo — Sala Adoniran Barbosa (60 lugares). Rua Vergueiro, 1000, Paraíso, Tel. 3397-4002. Sexta e sábado, 21h; domingo, 20h. Grátis. Ingressos distribuídos uma hora antes. Até domingo (7).
+ A partir de 10 de agosto, a montagem começa temporada no Tusp, na Rua Maria Antonia, 294, Vila Buarque, nas quartas e quintas, às 21h, até 29 de setembro.
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