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Marcos Caruso e Erom Cordeiro brilham no suspense de “Em Nome do Jogo”

Gênero pouco explorado no teatro, o suspense é bem mais conhecido dos fãs do cinema e da literatura. Não à toa, “Em Nome do Jogo”, a peça escrita pelo dramaturgo inglês Anthony Shaffer em 1970 já ganhou duas adaptações para as telas e, em São Paulo, só foi apresentada pelos atores Sérgio Viotti e Ney […]

Por Dirceu Alves Jr.
Atualizado em 27 fev 2017, 11h05 - Publicado em 11 abr 2013, 20h40

Cordeiro e Caruso no drama de suspense de Anthony Shaffer (Foto: Guga Melgar)

Gênero pouco explorado no teatro, o suspense é bem mais conhecido dos fãs do cinema e da literatura. Não à toa, “Em Nome do Jogo”, a peça escrita pelo dramaturgo inglês Anthony Shaffer em 1970 já ganhou duas adaptações para as telas e, em São Paulo, só foi apresentada pelos atores Sérgio Viotti e Ney Latorraca dirigidos por Antunes Filho em 1972. Uma das razões é a dificuldade de transpor para o palco o clima de mistério e as sucessões de pistas falsas exigidas ao longo da trama sem recorrer às edições frenéticas e aos múltiplos cenários. O êxito nesse ponto avaliza a montagem em cartaz no Teatro Jaraguá, conduzida pelo encenador Gustavo Paso, como um dos melhores programas da temporada. Mas apenas isso não seria suficiente. O embate verbal e psicológico dos personagens centrais ganha credibilidade na presença de dois atores inspirados, Marcos Caruso e Erom Cordeiro.

Os fãs do personagem Leleco, consagrado por Caruso na novela “Avenida Brasil” (2012), vão levar um susto ao ver o artista. O hilário perfil suburbano, de camiseta regata, óculos na testa e correntão no pescoço, foi substituído pela elegância e frieza do escritor Andrew Wyke. Mestre em romances policiais, ele cria jogos imaginários para inspirá-lo na composição das ficções. Em uma noite, convida o jovem amante de sua mulher, o cabeleireiro Milo Tindolini (vivido por Erom Cordeiro, com extrema segurança), para um encontro em sua casa de campo. Vaidoso ao extremo, tem como objetivo inicial humilhá-lo. O clima de cerimônia logo é substituído por ameaças veladas e um comunicado: sob hipótese alguma, Wyke aceitará o divórcio e dividirá seu patrimônio. Para ficar com a mulher, no entanto, o rapaz deverá se submeter a uma prova.

Caruso e Cordeiro mostram extremo entrosamento técnico que fortalece o antagonismo. Usam a favor as diferentes estaturas para contrastar o tom ameaçador de um e a opressão de outro. A direção imprime um invejável ritmo capaz de deixar o espectador eletrizado do começo ao fim. Para isso, não economiza nas referências aos clássicos do mistério. O cenário traz alçapões e paredes falsas, e a trama cheia de reviravoltas surpreende a todo instante. Sucesso desde março do ano passado, a peça já foi vista por 65 000 pessoas em várias cidades brasileiras. Deve pegar o público por aqui também.

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