Funarte promete reabrir TBC em outubro
Fundado em 1948, o Teatro Brasileiro de Comédia consolidou a modernização da cena nacional e lançou uma geração inigualável ao estrelato.
Fundado em 1948 pelo empresário italiano Franco Zampari, o Teatro Brasileiro de Comédia (TBC) consolidou a modernização da cena nacional e lançou uma geração inigualável ao estrelato. Cacilda Becker, Tônia Carrero, Sérgio Cardoso, Paulo Autran, Cleyde Yáconis e Walmor Chagas, entre tantos, deram os primeiros passos significativos no palco do casarão da Rua Major Diogo, 315, em São Paulo. A companhia de repertório – quase sempre irretocável, aliando qualidade artística e interesse na viabilização comercial – durou 16 anos. O prédio do Bixiga, no entanto, resistiu a duras penas ao tempo e se manteve ativo até 2007 – com algumas interrupções –, mediante administrações variadas na difícil tentativa de reeditar o brilho do passado.
A grande notícia é que, depois de seis anos de portas fechadas e abandono absoluto, os paulistanos terão de volta uma de suas mais representativas casas de espetáculos. E tomara que agora para ficar. A Funarte comprou o prédio e, desde o ano passado, investiu mais de R$ 13 milhões em uma ampla reforma.
Com inauguração prometida para outubro, o novo TBC oferecerá uma sala principal de 300 lugares, espaço multimídia para shows, performances e montagens de dança, café e ainda um centro de documentação e pesquisa que deve reunir o acervo de nomes significativos, como os dos diretores Fernando Peixoto e José Renato. “A programação do teatro deverá privilegiar espetáculos de artistas e companhias de todas as regiões do país, muitos deles que dificilmente conseguiriam espaço para se apresentar em São Paulo, como já é feito na sede da Alameda Nothmann”, afirma o presidente da Funarte, Antonio Grassi. “Além disso, o TBC pode contribuir para revitalizar aquela área do Bixiga e estabelecer comunicação com outros teatros da região, como o Oficina e os da Avenida Brigadeiro Luis Antônio”, completa Grassi. Também responsável pelo Teatro de Arena, na Rua Teodoro Baima, a Funarte deve instalar no segundo andar do prédio o acervo do dramaturgo Augusto Boal e entregá-lo para visitação pública ainda esse ano.