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Espumante é uma boa pedida para o verão

Pode parecer tardio, mas premeditadamente escolhi um espumante para indicar durante o mês de janeiro. Estigmatizado como uma bebida de Natal e Réveillon, este vinhos deveriam ser consumidos incansavelmente por todo verão, sem cerimônias ou ocasiões específicas. Claro que o preço deve estar adequado a esta frequência e temos muita opções na faixa dos R$ […]

Por VEJA SP
Atualizado em 26 fev 2017, 22h58 - Publicado em 17 jan 2014, 19h10

espumantePode parecer tardio, mas premeditadamente escolhi um espumante para indicar durante o mês de janeiro. Estigmatizado como uma bebida de Natal e Réveillon, este vinhos deveriam ser consumidos incansavelmente por todo verão, sem cerimônias ou ocasiões específicas. Claro que o preço deve estar adequado a esta frequência e temos muita opções na faixa dos R$ 50,00. Quanto à procedência, também existem inúmeras opções. Mas coloco em primeiro plano os espumantes brasileiros, no caso o Maximo Boschi brut Tradizionale 2011 (R$ 56,00, na Casa do Porto).

Hoje já é bem conhecido o potencial para produção de espumantes na região da Serra Gaúcha. Entre as cidades de Bento Gonçalves, Garibaldi e Monte Belo do Sul está o Vale dos Vinhedos, onde está a primeira Denominação de Origem para vinhos brasileiros. A grande incidência de chuvas no fim do verão (época de colheita) dificulta o amadurecimento das variedades que possuem um ciclo muito longo de maturação dos frutos, como a Cabernet Sauvignon ou a Carmenère. Para os espumantes, ao contrário, a colheita das uvas é um pouco antecipada, entre janeiro e fevereiro, antes do período das chuvas; daí as melhores condições para a qualidade neste estilo de vinho.

Outro fator importante é o domínio das técnicas de produção por parte dos produtores. No caso de Maximo Boschi, Renato Savaris foi enólogo da Casa Valduga (uma das maiores referências neste estilo de vinho por aqui) antes de iniciar seu projeto autoral. Lembro que a primeira vez que me encontrei com o enólogo estava mais curioso pelos seus tintos, que costuma colocar no mercado com algum amadurecimento em garrafa (mínimo de 2 anos em garrafa). Provei seus curiosos tintos e ao final fui servido com o espumante da linha Speciale. Fiquei impressionado com sua elegância e estrutura, muito acima da média (que é boa) dos espumantes da Serra Gaúcha.

Os espumantes da linha Speciale são um pouco mais caros e raros, na faixa dos 90 reais, mas este brut Tradizionale (apenas 3.000 garrafas produzidas) já é capaz de surpreender e, ainda que dentro de uma faixa de preço com maior concorrência, algumas características o colocam no pelotão de elite da categoria. Feito com uma mescla de 70% de chardonnay com 30% de pinot noir da safra 2011, o brut Tradizionale 2011 é elaborado pelo método tradicional, com segunda fermentação na própria garrafa e 12 meses de contato do vinho com as borras das leveduras. A “fórmula” é razoavelmente comum, mas na taça o resultado é singular. Seu aroma é de frutas secas, maçã e pera, com fermento e biscoito amanteigado. A elegância do perlage (espuma) encanta, com borbulhas finíssimas e nada agressiva, dando a sensação de mousse. A óitma acidez, presente e sem rusticidade, dá a sensação de frescor e chama pelo próximo gole.

Sobre as ocasiões de consumo deste espumante, diria que se encaixa em qualquer momento de um dia ou noite quente, quando se quer sentir aquela sensação de auto-recompensa.

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