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Antonio Fagundes: de Amor à Vida à volta ao cinema num filme de terror

Antonio Fagundes está com 64 anos e se sentindo um quarentão. A disposição vem de três lados: a TV, o cinema e o teatro. No Tuca, em São Paulo, divide o palco com o filho, Bruno Fagundes, em Tribos. Afastado das telas desde A Mulher do Meu Amigo (2008), é o protagonista do terror Quando […]

Por Miguel Barbieri Jr.
Atualizado em 26 fev 2017, 22h52 - Publicado em 30 jan 2014, 19h20

Antonio Fagundes está com 64 anos e se sentindo um quarentão. A disposição vem de três lados: a TV, o cinema e o teatro. No Tuca, em São Paulo, divide o palco com o filho, Bruno Fagundes, em Tribos. Afastado das telas desde A Mulher do Meu Amigo (2008), é o protagonista do terror Quando Eu Era Vivo, que estreia hoje. No mesmo dia, despede-se de César, o polêmico, infiel e homofóbico médico de Amor à Vida. Conversei com Fagundes sobre um pouco de tudo isso.

Antonio Fagundes em cena do filme Quando Eu Era Vivo

Antonio Fagundes em cena do filme Quando Eu Era Vivo

Você está cercado de jovens no teatro (com Bruno), na televisão (com Mateus Solano) e no cinema (com o diretor Marco Dutra). Como é conviver com essa nova geração? Eu sou uma criança e você não sabe (risos). Na verdade, há uma turma cheia de gás e conhecimento. Mas, como dizia o Millôr, a juventude é uma doença que passa com o tempo. Os jovens precisam ter conteúdo e essas pessoas têm. Trabalhar com eles é uma troca extraordinária. Eu aprendo e espero que tenha alguma coisa para passar para eles.

O que aprendeu com o diretor Marco Dutra em Quando Eu Era Vivo?
Ele domina o set e sabe exatamente o que quer. Tem uma equipe muito talentosa e tudo caminha muito fácil. O filme foi de baixo orçamento, filmamos em dezoito dias e o resultado não deve nada a nenhuma superprodução bem acabada daqui.

+ Leia o que eu achei de Quando Eu Era Vivo

Tudo foi filmado dentro do apartamento? Sim, exceto algumas cenas na rua e a sequência do hospício. O apartamento, na Avenida São Luís, tem uma estranheza, é muito antigo, tem uma história. É como se fosse um cenário.

Você gosta de ver filmes tanto quanto gosta de ler? A leitura é mais fácil de você se impressionar. Num filme, o diretor tem de ser um mestre para pregar um susto. Eu gosto de filmes de terror porque quero ver até que ponto o cineasta é capaz de me envolver na história.

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Tem filmes de terror preferidos? Acho o escritor Stephen King um cronista da classe média americana como nenhum outro. Ele é insuperável. Já fizeram diversos filmes baseados em seus livros, mas poucos são bons. Embora King não goste de O Iluminado, acho que Stanley Kubrick filmou muito bem. Outro diretor que acertou a mão três vezes foi Frank Darabont, em Um Sonho de Liberdade (1994), À Espera de um Milagre (1999) e O Nevoeiro (2007).

Por que tanto tempo afastado do cinema? Para quem tem 48 anos de idade, cinco anos não é nada (risos). O problema é que difícil conciliar as agendas. Para fazer cinema, preciso parar com as outras atividades. Eu faço muito teatro e isso me prende na cidade. Por trabalhar em TV no Rio de Janeiro, não fico a semana toda num lugar só. O (produtor) Rodrigo Teixeira conseguiu adequar nossas agendas em dois filmes: Quando Eu Era Vivo, e Alemão, que estreia em março.

O que acha dessa moda de comédias populares? Já fiz algumas e não tenho nada contra. Mas acho que vale a pena investir em outras coisas. Tivemos a fase do cangaço e só faziam filmes de cangaceiros; depois, vieram as pornochanchadas… Desse jeito, o gênero desgasta e não contribui para nada. As comédias de hoje podem cair no marasmo e é preciso tomar cuidado com isso.

Como acha que o público que te vê na novela vai reagir ao assistir ao terror Quando Eu Era VivoAquele que ainda me vê como um ator da Globo é muito preguiçoso. É uma pessoa que não foi ao cinema nos últimos quarenta anos e nem ao teatro nos últimos 48 anos. Até mesmo na TV, não faço sempre o mesmo personagem.

Ao lado de Mateus Solano, o Félix, na novela Amor à Vida

Ao lado de Mateus Solano, o Félix, na novela Amor à Vida

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O César, de Amor à Vida, foi um papel importante na sua carreira? Sempre é. O Walcyr Carrasco foi muito esperto e ligado. Montou uma história muito rica e cheia de núcleos que deram certo. Ele acertou muito bem. Colocou na sala de jantar, de um jeito que eu não me lembro de ter visto antes e com uma força muito grande, a questão da homofobia. Além de entreter, a novela levantou uma discussão muito importante.

Dá para escolher entre cinema, teatro ou TV?
Se eu pudesse, conciliaria os três. Mas numa única escolha seria o teatro, que é a pátria do ator.

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