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Roupas virtuais e desfiles no ‘metaverso’: conheça a Fashion Week do futuro

Olivia Merquior, fundadora da Brazil Immersive Fashion Week, explica a ideia por trás do evento imersivo feito com espaços de realidade aumentada

Por Humberto Abdo
Atualizado em 25 out 2021, 16h14 - Publicado em 25 out 2021, 12h46

Na Brazil Immersive Fashion Week, moda e tecnologia são uma coisa só. Criada em 2020, a primeira semana de moda imersiva da América Latina reúne vários recursos até então vistos apenas em filmes futuristas: exposição de roupas virtuais, desfiles em realidade aumentada e criações que misturam o “mundo real” com elementos do universo virtual visualizados pela tela do celular.

“Mas o celular ainda é como uma carroça… Quebra, não é ergonômico, eu detesto”, pontua Olívia Merquior, uma das fundadoras do evento e responsável pela programação, que ocorre entre os dias 26 e 30 de outubro. Durante a entrevista feita por videoconferência, Olívia vestia um chapéu virtual de Clara Daguin, estilista francesa referência em wearables, as tecnologias vestíveis por meio de filtros e aplicativos. “O meu chapéu existe de verdade (pelas plataformas digitais) e não faz parte de um futuro distante, é algo para daqui a pouco”, acredita.

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Uma das grandes atrações da segunda edição será a coleção Erebus, do carioca Lucas Leão, apresentada ao vivo para alguns convidados em São Paulo. A coluna assistiu à primeira exibição em um galpão na Vila Leopoldina, bem ao lado da SP-Arte, feita com cenografia invisível a olho nu.

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Com acesso por QR Code, o cenário phygital (a união do físico ao digital) reproduzia na tela do celular uma floresta psicodélica, além de criar efeitos 3D nas roupas dos modelos. No local, a única maneira de visualizar a novidade era pelo aplicativo Snapchat, mas o desfile será transmitido oficialmente no dia 30 de outubro, junto com as outras 14 marcas que se apresentam no BRIFW.

E sem o modelo presencial dos grandes desfiles, como fica a hierarquia fashion, que coloca apenas alguns famosos nas primeiras fileiras? “No BRIFW, todo mundo é fila A, mas acho que não é a tecnologia que nos liberta dessas atitudes elitistas, ela é um martelo em cima da mesa e você pode usá-lo para dar na cabeça de alguém ou para construir uma casa”, opina Olívia. “Essa mentalidade de privar o acesso às coisas é a base do que a gente vive, essa cultura competitiva, extrativista e conservadora.”

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Para a estilista, seu próprio acesso ao universo da moda não foi uma conquista simples. “O sonho da minha família era que eu fosse para o mercado financeiro, mas quando decidi estudar em Londres meu pai pegou uma reserva para ajudar na matrícula… Eu tinha onde dormir e a faculdade ‘semi-paga’, mas tive que trabalhar desde o primeiro dia em um bar, acabei até virando gerente do lugar”, diverte-se.

Ao ingressar na Central Saint Martins, uma das instituições mais prestigiadas na área, ela precisou escolher entre comer bem ou investir nos tecidos para as aulas. “Não gosto de embarcar nessas histórias que me colocam como vítima, mas foi babado.”

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Depois de passar pela “Harvard das universidades”, ela chegou a trabalhar com comerciais e cinema, foi figurinista da Globo e criou seu label próprio, a Porcos, com direito a um Cauã Reymond bem novinho desfilando com uma das saias da marca. “Hoje em dia ainda gasto o que tenho nos projetos, e projetos que não dão dinheiro”, brinca. “Apesar de sempre trabalhar com moda, nunca fui muito desse mundo: não frequento, não vou às festas e as pessoas acham que você é blasé por isso.”

Para os próximos anos, Olívia espera ver cada vez mais essa união fashion com a tecnologia. “Nessas primeiras edições, ainda estamos na fase de explicar para as pessoas o que são essas novidades”, pondera.

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Com a popularização de termos como realidade virtual e metaverso, grandes empresas devem se apressar para investir nesse próximo passo. “Quando o Facebook apareceu, era só uma brincadeira criada para falar quem era a mais bonita da faculdade… Hoje o Mark Zuckerberg não para de falar nesse assunto e diz que tudo isso vai mudar a plataforma das redes sociais. Não dá mais para acreditar que é algo irrelevante.”

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