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Professores encontram indícios de plágio em dissertação de ex-ministro

No Twitter, docentes apontaram possíveis cópias em grandes trechos de trabalho de Carlos Alberto Decotelli na Fundação Getúlio Vargas

Por Humberto Abdo
Atualizado em 8 jul 2020, 18h46 - Publicado em 8 jul 2020, 11h57

Anunciado pelo presidente Jair Bolsonaro como o novo ministro da Educação em junho, Carlos Alberto Decotelli da Silva teve passagem relâmpago pelo cargo e, após repercussões negativas sobre seu currículo, pediu demissão em menos de uma semana. Entre as polêmicas estão seu vínculo como professor da Fundação Getulio Vargas – segundo a instituição, ele não faz parte do quadro de professores efetivos, mas deu aulas em cursos vinculados à fundação – e os indícios de plágio em sua dissertação de mestrado. A suspeita é que o ex-ministro teria copiado grandes trechos sem citar os autores. O trabalho foi apresentado em 2008 para a conclusão de um mestrado em Administração na instituição.

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Thomas Conti, professor e doutor em economia, postou no Twitter uma série de indícios de plágio que identificou após buscas simples no Google. “Doze páginas do ex-ministro são uma cópia literal de um relatório administrativo, bastante institucional, com trechos que lembram muito uma propaganda de banco”, aponta.

Segundo Conti, a aparência do resumo em inglês chama a atenção, com palavras destacadas em vermelho sem razão aparente. “A dissertação contém muitas falhas do ponto de vista metodológico, é algo bem pouco usual mesmo sem esses trechos copiados”, opina. “As primeiras quinze páginas são praticamente um projeto de pesquisa, não uma dissertação, além de anexos que não têm referência ao longo do trabalho. Mesmo se estivesse tudo certo, seriam pontos de dúvida grandes.”

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Em entrevista à Globonews, o professor da PUC do Chile, Enrico Rezende, também descobriu que 73% das páginas da dissertação foram copiadas integralmente ou com pequenas edições, que seriam consideradas plágio.

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Em nota, a FGV afirma que o professor Decotelli ministrava aulas em seus cursos de educação continuada e que possui rigoroso Código de Ética e Conduta, além de utilizar ferramentas anti-plágio e adotar o acompanhamento sistemático do orientador, nos casos de teses e dissertações, que têm autonomia para definir parâmetros e a profundidade dos estudos.

Em entrevista à Rádio Gaúcha, o ex-ministro Decotelli acusou a Fundação Getulio Vargas de ter mentido em nota oficial ao informar que ele não era professor da instituição e refutou as suspeitas de plágio em seu trabalho acadêmico de mestrado. De acordo com Decotelli, ele teria dado aulas por videoconferência pela FGV até o último dia 30 de junho. Ele afirmou que irá alterar o documento, mais uma vez, para indicar o encerramento das atividades como docente da fundação.

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