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Após criticar feminismo, internautas pedem demissão de Pietra Bertolazzi

"Quase o dobro de homens são mortos por violência doméstica no País. E aí? Quem vai defender esses homens?, diz a diretora do Fundo Social SP. Saiba mais

Por Ana Carolina Soares
11 mar 2019, 19h18

Na tarde da segunda (11), um post no stories da DJ Pietra Bertolazzi, diretora do curso de estética, beleza e bem-estar do Fundo Social SP, gerou um abaixo-assinado no Avaaz pedindo a demissão dela. O abaixo assinado será enviado para Filipe Sabará, secretário de assistência e desenvolvimento social de São Paulo, responsável pelo órgão.

A meta é conseguir 750 assinaturas e, até o início da noite, cerca de 520 haviam apoiado a causa. O texto da DJ que esteve no ar em 2 de março, apresenta dados comparando o índice de homicídio entre homens e mulheres. “Apenas 8% do número total de assassinatos no Brasil ocorreram com mulheres (…) Quase o dobro de homens são mortos por violência doméstica no País. E aí? Quem vai defender esses homens?”, pergunta. Na sequência, vieram as hashtags #antifeminismo e #feministtears

Abaixo, o post na íntegra:

(Reprodução/Veja SP)

Até a noite da segunda (11), o abaixo-assinado reunia mais de 250 comentários, dentre eles o de Gabriela Manssur, do Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica do MP de São Paulo. “Ontem, enquanto você estava almoçando, 536 mulheres foram espancadas por seus companheiros no Brasil (…) Eu a convido a passar um dia comigo na Promotoria de Justiça, atendendo mulheres violentadas de todas as formas”.

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Pietra respondeu a Gabriela citando dados do Mapa da Violência de 2014: “Enquanto tudo isso acontecia, 9 vezes mais homens eram assassinados no Brasil. Mas eles não importam, não é mesmo?”

Procurado pela reportagem, Sabará afirma que Pietra não será demitida. “Ela faz um trabalho excelente. Por exemplo, hoje mesmo, inaugurou um programa para capacitar presas de Tremembé. Não faz sentido ser afastada por causa de uma opinião pessoal que emitiu em suas redes. Inclusive, a maioria dos internautas elogiou seu texto”, diz o secretário.

Ao ser questionado se há um exagero ao denunciar o feminicídio, Sabará preferiu não responder. “Não cabe a mim responder, mas adianto que no meu trabalho, busco a igualdade”, afirma.

O secretário enviou a seguinte nota à reportagem:

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“A Pietra Bertolazzi tem executado um bom trabalho a frente da Escola de Beleza do Fundo Social de São Paulo, colaborando com a capacitação de centenas de mulheres em situação de vulnerabilidade, seja em comunidades carentes e a partir de agora, numa nova frente da Escola de Beleza em presídios femininos, uma iniciativa da própria Pietra, que está sendo lançada no dia de hoje.
Ela é mulher, mãe (recentemente deu à luz uma menina) e precisa ser respeitada, tanto quanto, as mulheres que a atacam, enquanto pedem respeito. Nas suas próprias redes sociais pessoais, há mulheres a apoiando e outras, em menor número, criticando.

Conversamos com ela, que concordou, nesse momento, em focar na continuidade dos trabalhos, que estão indo bem, para que as emoções de ambos os lados, esfriem, deixando questões ideológicas, de apoio ou não ao movimento feminista, para outro momento.

A opinião dos funcionários do FUSSP em suas redes sociais pessoais, não reflete necessariamente a posição do Fundo, que é de gerar oportunidades para todas as pessoas, independentemente de ideologia ou gênero.

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