“Deve aumentar a punição e diminuir a maioridade penal”, diz Katia Sastre
As polêmicas propostas da policial eleita deputada federal para diminuir a criminalidade em escolas
Na quinta (14), a deputada federal Katia Sastre esteve em Suzano para acompanhar o velório das vítimas do massacre na escola estadual Raul Brasil. A policial ficou famosa no ano passado ao balear um criminoso em uma tentativa de assalto, na mesma cidade, também em frente a um colégio. Katia estudou na instituição até entrar para a polícia.
“Na minha época, a escola tinha um clima muito tranquilo, nunca imaginei que seria um cenário para tamanha monstruosidade”, lamenta. Ela também anunciou o projeto de lei 1395/2019, para aumentar a pena para quem comete crimes em escolas. A seguir, Katia fala sobre seus planos:
Como é o projeto?
A matéria agrava a penalidade de crimes cometidos no interior ou nas imediações de estabelecimentos de ensino público ou privado, além de repartições públicas. Com a aprovação, o projeto aumentará a pena até o limite máximo previsto para crimes nestas circunstâncias, mudando a redação do Código Penal ao incluir nova situação agravante. Também sou a favor da redução da maioridade penal e também de armar a Guarda Municipal na porta de escolas.
A lei também valeria para crimes ocorridos em outros locais públicos, como praças, shoppings?
Shopping não, porque é comércio, um local privado. Mas praça, repartições públicas…
Como esse projeto pode ser eficaz se, na maioria dos casos, os autores desse tipo de crime tinham problemas psicológicos, sofreram bullying e se suicidam após a chacina?
Há estatísticas sobre isso? De onde você tirou?
De inquéritos policiais noticiados pela imprensa. A senhora não acredita que problemas psicológicos devam ser observados e influenciam nesse tipo de crime?
Pretendo propor expandir o Programa Educacional de Resistência às Drogas (Proerd), uma parceria entre a Polícia Militar, a escola e a família, Além disso, sou a favor de separar a Secretaria de Segurança Pública do Ministério da Justiça, porque juntar duas instituições tão fortes acaba as enfraquecendo.