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A história de Adriane Yamin, a noiva secreta de Ayrton Senna

A perda da virgindade e o término traumático: em primeira mão, empresária narra seus 4 anos de namoro com o ídolo

Por Ana Carolina Soares
Atualizado em 5 fev 2020, 13h39 - Publicado em 21 nov 2019, 20h51

São mais de 600 páginas para contar quatro anos de história. A empresária Adriane Yamin, 50, lançará na próxima quinta (28) o livro Minha Garota na Livraria da Vila, no Shopping Cidade Jardim. Na obra, ela conta os mais íntimos detalhes do relacionamento que manteve com o piloto Ayrton Senna, morto em um terrível acidente em 1994. É uma tiragem inicial de 1 000 cópias, com preço entre 98 e 198 reais, a edição para colecionadores. “Não quis me vincular a editoras porque queria liberdade para contar tudo”, relata.

(Acervo Pessoal/Veja SP)

E Adriane conta tu-do mesmo: além de mostrar todas as cartas e bilhetes de amor, ela narra com detalhes o que ocorria entre as quatro paredes, como a primeira noite com o ídolo, no motel Studio A, quando ela havia acabado de completar 18 anos. “Na quinta investida, ultrapassei meu limite. Ele se segurava para me dar prazer até que eu pedi para que deixasse acontecer porque estava doendo demais”, descreve.

Os dois se conheceram em Angra dos Reis quando a então garota tinha 15 anos, em uma tarde no barco do pai dela, o empresário Amilcar Yamin, fundador das icônicas duchas Corona. Na época, Senna estava com 24 anos e havia acabado de sair do casamento de poucos meses com Lilian Vasconcelos de Souza.

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Por isso e por ter uma família bem conservadora, os dois mantiveram discrição e a moça raramente aparecia ao lado do piloto. Quando surgiram boatos sobre sua homossexualidade, Adriane lembra que seu ex-noivo e seus amigos cogitaram contratar uma modelo para aparecer como sua namorada. “Façam o que quiser”, respondeu a moça na época, à contragosto, claro.

Na obra, Senna se mostra um homem cavalheiro, romântico, apaixonado, dava flores, aparecia de surpresa, mas também ciumento e machista. Ele dizia sair com outras mulheres, mas fazia questão da virgindade de Adriane. Os dois estavam para marcar casamento, quando ele terminou o relacionamento. Disse que Adriane, que havia conhecido na adolescência, era uma mulher imatura aos 19.

Depois, Senna engatou romance com Xuxa e Adriane Galisteu. O livro termina recuperando um depoimento narrado na biografia escrita por Ernesto Rodrigues, dizendo que o ex-piloto estava para terminar o romance com a hoje apresentadora, após escutar uma conversa romântica entre ela e o ex-namorado. “Se Senna não tivesse morrido, acho que a gente teria voltado e estaríamos juntos”, acredita Adriane.

(Acervo Pessoal/Veja SP)

A seguir, ela fala sobre sua obra:

Por que resolveu escrever esse livro só agora?

Passei trinta anos ouvindo quieta bobagens sobre nossa história. Em 2010, lançaram o filme sobre o Ayrton, vi a pré-estreia, nossas cenas juntos e isso me impactou. Sempre me perguntavam sobre o relacionamento com ele, mas ficava sem graça, porque estava casada, tinha filhos.  Eu me casei em 1996 com o empresário Marcos Coelho da Fonseca, tivemos dois filhos, Rafaela, 22, e Pedro, 18, ficamos juntos doze anos e me separei. Quis esperá-los crescer para colocar em público minha história. Agora não preciso mais ficar falando. A trajetória ficará aberta para todo mundo. Dividi minha vida com os outros e me sinto mais leve.

Parece que Senna foi um homem terrível com você. Machista, controlador, nem ligou depois da sua primeira noite, após três anos de namoro. Ficou preocupado se você realmente era virgem…

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Mas Ayrton foi um homem incrível, romântico. Minha primeira noite foi maravilhosa, o dia seguinte que foi difícil. Quero que fique bem claro: não julguei, não quero que julguem o Ayrton. Meu compromisso foi com minha verdade, contar tudo o que vivi. Não tenho trauma nenhum. Ao contrário: excelentes lembranças. Acho que a gente vivia em mundos diferentes. Não acabou por falta de amor, mas porque não soubemos lidar com a situação.

No livro, parece que você sente um certo ciúme de Xuxa e Adriane Galisteu.

Não foi ciúme. Mas eu sabia qual a lição cada uma delas daria para ele. Sabia que não ia durar. Depois que ele terminou comigo, tentei ser feliz sem ele. E quando o via com essas pessoas, percebia que ele tinha a mesma dificuldade que eu.

Você também alfineta a outra Adriane, a Galisteu. Não teme polêmicas?

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Estou preparada para polêmicas. Não li O Caminho das Borboletas, porque talvez pudesse ter algo ali que me magoaria. Agora ela não precisa ler meu livro…

O Senna foi o homem da sua vida? Vocês teriam se casado se ele não tivesse morrido?

Acredito que sim, teríamos nos casado se não fosse aquele acidente. No fim de sua vida, ele voltou a me procurar. Conversou com o pai dele e deu a entender que queria voltar. Acho que de certa forma a gente se aprisionou e tínhamos que viver juntos. Se alma gêmea é ter uma conexão além de nossa compreensão, ele foi a minha e vice-versa. Sinto muito a falta dele. Ayrton foi o grande amor da minha vida e, disparado, a pessoa que mais tive afinidade.

Como está a sua vida hoje?

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Sou empresária, moro no Morumbi, trabalho na empresa que gerencia patrimônios da minha família, e, recentemente, criei uma nova, para administrar os possíveis frutos desse livro. Já me falaram que pode render um filme, de repente. Nos últimos dois anos, eu me dediquei a escrever esse livro. Como poderia me envolver com alguém se estava revivendo tantas memórias marcantes? Ainda estou envolvida, mas vamos ver… Sonho mesmo é ser avó.

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