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Por Arnaldo Cheixas
Terapeuta analítico-comportamental e mestre em Neurociências e Comportamento pela USP, Cheixas propõe usar a psicologia na abordagem de temas relevantes sobre a vida na metrópole.
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Um papo rápido sobre os Transtornos da Personalidade

O que é: Um Transtorno de Personalidade é um padrão persistente de experiência interna e comportamento que se desvia acentuadamente das expectativas da cultura do indivíduo, é difuso e inflexível, começa na adolescência ou no início da fase adulta, é estável ao longo do tempo e leva a sofrimento ou prejuízo. + Brochadas, impotência sexual e […]

Por VEJASP
Atualizado em 26 fev 2017, 14h25 - Publicado em 20 out 2015, 16h56

transtornopersonalidade

O que é: Um Transtorno de Personalidade é um padrão persistente de experiência interna e comportamento que se desvia acentuadamente das expectativas da cultura do indivíduo, é difuso e inflexível, começa na adolescência ou no início da fase adulta, é estável ao longo do tempo e leva a sofrimento ou prejuízo.

Brochadas, impotência sexual e disfunção erétil

Sintomas e sinais: Desvio comportamental inflexível e sem causa externa (exceto nos casos de lesão cerebral) de acordo com a descrição acima. O padrão comportamental mal adaptativo produz prejuízos sociais e na carreira uma vez que o indivíduo não consegue se ajustar às normas compartilhadas pela sociedade. É comum que um mesmo indivíduo apresente características de diferentes tipos (vide abaixo) de transtorno de personalidade.

Diagnóstico: Avaliação clínica baseada na anamnese (história genética, história de vida, histórico de saúde e avaliação da estrutura cognitivo-emocional) e inventário do padrão comportamental atual. O diagnóstico deve ser feito por profissional habilitado. Normalmente é preciso avaliar o paciente ao longo do tempo para assegurar a estabilidade do padrão de personalidade.

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Tipos:

Grupo A (indivíduos parecem esquisitos ou excêntricos): inclui os transtornos da personalidade paranoide, padrão de desconfiança e de suspeita tamanhas que as motivações dos outros são interpretadas como malévolas, esquizoide, padrão de distanciamento das relações sociais e uma faixa restrita de expressão emocional, e esquizotípica, padrão de desconforto agudo nas relações íntimas, distorções cognitivas ou perceptivas e excentricidades do comportamento.

Grupo B (indivíduos parecem dramáticos, emotivos ou erráticos): inclui os transtornos da personalidade antissocial, padrão de desrespeito e violação dos direitos dos outros, borderline, padrão de instabilidade nas relações sociais, na autoimagem e nos afetos, com impulsividade acentuada, histriônica, padrão de emocionalidade e busca de atenção em excesso, e narcisista, padrão de grandiosidade, necessidade de admiração e falta de empatia (dificuldade em se colocar no lugar do outro).

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Grupo C (indivíduos parecem ansiosos ou medrosos): inclui os transtornos da personalidade evitativa, padrão de inibição social, sentimentos de inadequação e hipersensibilidade a avaliação negativa, dependente, padrão de comportamento submisso e apegado relacionado a uma necessidade excessiva de ser cuidado, e obsessivo-compulsiva, padrão de preocupação com ordem, perfeccionismo e controle.

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Mudança de personalidade devido a outra condição médica: é uma perturbação persistente da personalidade entendida como decorrente dos efeitos fisiológicos diretos de uma condição médica (um exemplo comum é a lesão no lobo frontal do cérebro por traumatismo crânio-encefálico).

Ainda existem outros casos nos quais os critérios gerais para diagnóstico de transtorno de personalidade são satisfeitos mas sem que se possa especificar o tipo de transtorno de acordo com a classificação acima.

Causas: As causas dos transtornos de personalidade não são ainda conhecidas, mas sabe-se que o fator genético é a causa mais provável, podendo ser modulado por eventos da história de vida.

Tratamento: Não existe cura para os transtornos da personalidade. O tratamento envolve a psicoterapia e, quando os sintomas causam prejuízo muito acentuado sem que o paciente consiga exercer controle sobre eles, o concomitante acompanhamento psiquiátrico para intervenção medicamentosa. As estratégias clínicas são diferentes de acordo com o tipo específico de transtorno de cada paciente.

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Informações adicionais: Os transtornos de personalidade antissocial e borderline tendem a ficar menos evidentes ou mesmo desaparecer com o envelhecimento. Pessoas de cultura diferente daquela do local em que vivem podem ter um padrão comportamental influenciado pela cultura de origem que se confunda com um transtorno de personalidade. O transtorno da personalidade antissocial é diagnosticado mais comumente em homens ao passo que os transtornos de personalidade borderline, dependente e histriônica são mais frequentemente diagnosticados em mulheres. A prevalência dos transtornos de personalidade é estimada em 9,1% da população mundial. Suspeita-se que Adolph Hitler e Pablo Escobar eram portadores de Transtorno da Personalidade.

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