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São Paulo nas Alturas Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Raul Juste Lores
Redator-chefe de Veja São Paulo, é autor do livro "São Paulo nas Alturas", sobre a Pauliceia dos anos 50. Ex-correspondente em Pequim, Nova York, Washington e Buenos Aires, escreve sobre urbanismo e arquitetura
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Prédio do grande arquiteto Rino Levi sobrevive em Higienópolis

Terceiro edifício residencial mais antigo do bairro, o Hygienópolis é marca da trajetória modernista do arquiteto

Por Raul Juste Lores Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 6 mar 2020, 15h10 - Publicado em 6 mar 2020, 06h00

Este Prédio Hygienópolis é o terceiro edifício residencial mais antigo do bairro homônimo, na Rua Conselheiro Brotero (hoje, mais para Santa Cecília, mas quem delimita essas marcas do mercado imobiliário?). Projetado entre 1935 e 1936, e terminado no fim de 1939, tinha uma vista desimpedida para o então desabitado Pacaembu (o estádio só ficou pronto em 1940, com poucas casas ao redor).

O projeto é do grande arquiteto Rino Levi, facilmente o mais influente profissional a modernizar a arquitetura de São Paulo na primeira metade do século passado, quando a cidade patinava entre bolos de noiva ecléticos e as enésimas releituras do neoclássico e do neocolonial.

(Raul Juste Lores/Veja SP)

Ainda estudante em Roma, Rino publicou artigo em O Estado de S. Paulo em que defendia o modernismo. Nos anos 1930, fez uma dezena de residenciais, como este aqui, e vários cinemas, que se destacavam pelo conforto acústico (como o Art Palacio e o Ipiranga). Nas décadas seguintes, projetaria do Teatro Cultura Artística ao icônico Prudência, na Avenida Higienópolis; os hospitais do Câncer, Albert Einstein e Pérola Byington, e aquele Itaú da Avenida Paulista com a Rua Frei Caneca. Muitos em parceria com o amigo multiartista Burle Marx.

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No Hygienópolis, sobressaem paredes divisórias duplas entre os apartamentos, para abafar os ruídos vizinhos. O declive do terreno permitiu a criação de uma garagem, além de jardim com bancos protegidos por duas marquises e playground (substituídos por mais vagas para carros). Uma exposição no Itaú Cultural e a reedição de um livro da editora Romano Guerra resgatam o trabalho desse arquiteto fundamental, que tem tido pouca sorte na cidade: seus primeiros prédios foram demolidos, e um retrofit pouco inspirado acaba de desfigurar a antiga sede do Ibope, na Alameda Santos, uma de suas últimas obras.

(Raul Juste Lores/Veja SP)

Publicado em VEJA SÃO PAULO de 11 de março de 2020, edição nº 2677.

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