O projeto de um prédio com mais de 400 apartamentos, de um e dois quartos, alvoroçou a avenida Paulista em 1952. Moradores de rendas bem diversas se tornariam vizinhos dos palacetes de industriais e barões do café. Uma pendenga quase brecou o empreendimento, que previa lojas no térreo. Comércio era proibido na fidalga via. Um parecer técnico do então presidente do Instituto de Arquitetos do Brasil, Rino Levi, autorizou a obra, respeitando-se a proibição das vitrines na avenida. Por sorte, o comércio foi liberado na fachada da avenida Brigadeiro Luis Antonio e na galeria interna, criando o primeiro grande complexo multiuso da Paulista. Assim nasceu o edifício Nações Unidas, da prancheta do arquiteto carioca Abelardo de Souza, contratado pelos banqueiros Orozimbo Roxo Loureiro e Octavio Frias de Oliveira – os mesmos incorporadores do Copan, de Niemeyer.

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