Convidado do programa Altas Horas, de Serginho Groisman, deste sábado (18), o padre Marcelo Rossi comentou pela primeira vez publicamente a investigação que sofreu do Vaticano por quase uma década. “Se houve fiscalização, houve também reconhecimento”, disse.

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Segundo o jornalista Ricardo Feltrim, em matéria publicada no fim de setembro no UOL, o católico teve seus CDs, livros, missas e programas de TV seguidos pelo Vaticano do final dos anos 90 até cerca de quatro anos atrás. A investigação foi provocada por uma denúncia feita por um religioso do Brasil que acusou o padre de culto ao personalismo, exibicionismo (por ir demais à TV) e de transformar a missa em “circo”.

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“Eu li. Hoje você vai fazendo certos encaixes e você percebe. Não há problema nenhum. Eu acho interessante que as pessoas saibam que muitos ficam, sempre no início, ‘qual é a desse padre?’, ‘o que ele quer?’, ‘ele quer aparecer?’, ‘qual é o objetivo dele?’. E, graças a Deus, não só (a igreja) entendeu, como o próprio papa Bento 16 me deu o prêmio Van Thuân de ‘Evangelizador Moderno’ (em 2010). Então, acredito que, se houve fiscalização, houve reconhecimento”, comentou.

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Segundo a matéria, a fiscalização teria sido comandada pela Congregação para a Doutrina da Fé, liderada pelo cardeal Joseph Ratzinger – anos depois, ele se tornaria o papa Bento 16.  Entre o fim dos anos 90 e a década de 2000, a Congregação recebia vídeos com as participações do padre Marcelo em programas como o de Gugu Liberato no SBT e de Fausto Silva, na Globo.

O padre também falou sobre a crise de depressão que sofreu: “Eu sempre achei que depressão era frescura, mas esse é um mal que começa com a ansiedade e não escolhe idade ou classe social, pega todo mundo”, disse. “Eu compus um disco em seis meses. São músicas que vão poder ajudar as pessoas, porque me ajudaram. Eu não tomei um antidepressivo”, garantiu.

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