Um menino corajoso conseguiu arrecadar 2 800 libras (cerca de 14 500 reais) para ajudar a sua melhor amiga, de apenas 6 anos de idade, que enfrenta um tipo raro de câncer. A quantia foi conquistada por que a criança deixou que a menina raspasse sua cabeça.

Lulu DeVries e Oisín Ruskin se conheceram no primeiro dia de aula, em 2017. Poucos dias após o início do ano letivo, a pequena Lulu foi diagnosticada com um neuroblastoma, que já tinha se espalhado para os ossos, medula óssea e sistema linfático da menina. Desde então, a criança enfrenta sessões de quimioterapia, cirurgias e está em tratamento de imunoterapia.

Os pais de Lulu receberam a notícia de que o tratamento pode ser a “última chance” da filha — e ainda há 50% de possibilidades de que ela volte a ter problemas por causa da doença. A família da menina, então, descobriu um tratamento experimental que diminui os riscos do câncer retornar, mas a inciativa custa 162 000 libras. Foi então que Oisín decidiu ajudar a melhor amiga.

Após conversar com os pais e pedindo para que eles tentassem arrecadar 2 000 libras (e não as 100 libras que eles tinham orientado, uma quantia mais realista), Oisín deixou que a menina cortasse seu cabelo. Lulu, que perdeu os fios por causa dos tratamentos contra o neuroblastoma, fez o trabalho de um cabeleireiro ao aparar as madeixas do melhor amigo no evento de caridade. Ao ver o resultado do corte de cabelo, o menino brincou: “Agora eu me pareço com você!”. As informações são do Daily Mail.

O menino conquistou as 100 libras iniciais nos três primeiros dias de campanha, que atualmente já acumula mais de 2 800 libras em fundos. “Estou tão orgulhosa dele. Ele sabe que há um remédio que a Lulu precisa que não está disponível no nosso país. Eu estava conversando sobre ideias de um evento de caridade com o meu marido e o Oisín ouviu o bate-papo, perguntando como a brincadeira funcionava”, contou a mãe do menino, Jo Ruskin. “Oisín disse que o objetivo dele era arrecadar 2 000 libras. Nós achamos a proposta ambiciosa e sugerimos deixar nas 100 libras”.

“Foi um momento muito especial. Ele é um menino muito determinado!”, disse Rob DeVries, o pai de Lulu. O homem também revelou que o tumor da menina é um defeito de nascença — ou seja, o câncer passou anos crescendo, sem ser detectado. “Nós ouvimos as palavras que nenhum pai quer ouvir: o seu filho tem câncer. Os primeiros dias após o diagnóstico foram muito confusos”, relembrou.

Lulu começou o tratamento com quimioterapia em abril de 2018 e recebeu a notícia de que o tumor estava diminuindo de tamanho após onze sessões. A menina, então, enfrentou oito horas de operação em julho do mesmo ano, removendo 95% da massa cancerígena. Até agosto, a criança continuou enfrentando sessões de quimioterapia.

A família de Lulu conseguiu arrecadar o dinheiro necessário para a menina prosseguir no tratamento pioneiro. “É muito dinheiro, mas nós não podemos colocar um valor na vida da nossa menininha. Há uma chance de 50% da Lulu ter uma recaída após o fim do tratamento. E das crianças que tem uma recaída, 90% morrem. Com o tratamento, ela tem 90% de chance de sobrevivência. Então não é uma questão. Ela está sendo muito corajosa, é a nossa pequena super-heroína”.

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