Vídeo que mostra Flávio Bolsonaro chorando não foi feito em 2019
No clipe, que já tem 1,1 milhão de visualizações, o político do PSL aparece chorando e secando as lágrimas numa bandeira do Brasil
Um vídeo que mostra o senador eleito Flávio Bolsonaro viralizou neste domingo (20) depois de ter sido compartilhado na página O Museu da Direita Histérica, no Facebook. No clipe, que já tem 1,1 milhão de visualizações, o político do PSL aparece chorando e secando as lágrimas numa bandeira do Brasil.
Não demorou até que o clipe chamasse atenção na internet, com muitos internautas compartilhando montagens e memes. A repercussão faz parecer que o vídeo é recente — e que Flávio estaria chorando por causa das reportagens recentes sobre movimentações suspeitas na sua conta e na de seu ex-assessor, Fabrício Queiroz. No entanto, o vídeo não é recente.
O clipe que está fazendo sucesso na internet foi extraído de uma transmissão ao vivo feita por Flávio Bolsonaro no Facebook, em 7 de setembro de 2018, dia seguinte ao atentado a faca sofrido pelo pai do senador, Jair Bolsonaro (PSL-RJ), então candidato à presidência. O político começa a chorar nos últimos 45 segundos do vídeo.
O vídeo que está circulando em 2019 foi retirado do canal ShowTube BR, que subiu parte do ao vivo original no YouTube no mesmo dia da transmissão original, 7 de setembro de 2018. A situação do senador eleito se complicou nos últimos dias: novo trecho do relatório do Coaf identificou o pagamento, por Flávio, de um título bancário da Caixa de 1,1 milhão de reais cujo o beneficiário não pode ser identificado — ele diz que comprou um imóvel.
https://www.youtube.com/watch?v=rQKdYtOdo7A
Também vieram à tona 48 depósitos pequenos, em dinheiro, feitos em caixas eletrônicos da Assembleia do Rio, totalizando 96 000 reais. De acordo com o Banco Central, os depósitos tem características de lavagem de dinheiro. Em entrevista à TV Record, Flávio disse que o pagamento de pouco mais de R$ 1 milhão ocorreu na compra de um apartamento na planta, que foi vendido. Os 48 depósitos de 2 000 reais também estão ligados ao apartamento, diz o filho de Jair Bolsonaro. Segundo ele, o comprador pagou uma parte em dinheiro vivo. Ele não explicou por que preferiu fazer 48 depósitos de R$ 2 mil, com poucos minutos de diferença, em vez de depositar tudo de uma vez.
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