Poder SP - Por Sérgio Quintella SEGUIR SEGUINDO

Sérgio Quintella é repórter de cidades e trabalha na Vejinha desde 2015

Continua após publicidade

Morre Mário Franco, engenheiro que assinou mais de 2 000 projetos

Em seis décadas de trabalho, ele deixou sua marca em construções como Othon Palace e Hotel Unique

Por Sérgio Quintella SEGUIR SEGUINDO
Atualizado em 4 set 2019, 13h51 - Publicado em 4 set 2019, 13h48

Franco em sua casa em Perdizes: paixão por números (Alexandre Battibugli/Veja SP)

Faleceu nesta quarta-feira (4) o engenheiro calculista Mário Franco, de 90 anos. Ainda não há informações sobre o velório e o sepultamento.

Da prancheta dele saíram cálculos que serviram para sustentar alguns dos prédios mais emblemáticos da capital. O primeiro deles foi o icônico Othon Palace Hotel, na Rua Líbero Badaró, no centro, no início dos anos 50. O último foi a construção ainda em curso do Cidade Matarazzo, próximo à Avenida Paulista.

Ao todo, Franco colocou em pé mais de 2 000 projetos de arquitetos no Brasil, a exemplo do Centro Empresarial Nações Unidas (na Marginal Pinheiros), o Hotel Unique (na Avenida Brigadeiro Luís Antônio) e o Palácio das Convenções do Anhembi (na Avenida Olavo Fontoura, em Santana, na Zona Norte). O Pátio Victor Malzoni, com duas torres espelhadas, localizado na Avenida Brigadeiro Faria Lima, fecha a lista das construções mais queridas por ele.

Em maio de 2019, VEJA SÃO PAULO fez uma reportagem mostrando a carreira do engenheiro e contando que ultimamente, já aposentado, ele passava as tardes fotografando passarinhos que pousavam em sua sacada, no bairro do Sumaré, Zona Oeste. Judeu italiano, Mário Franco fugiu do regime fascista nos anos 30 e foi por várias décadas professor da Faculdade de Arquitetura e Urbanismo (FAU) da Universidade de São Paulo.