Em prisão domiciliar, Maluf leva advertência por uso de celular
Ex-prefeito foi condenado a sete anos de cadeia por corrupção
O ex-deputado Paulo Maluf, condenado a sete anos, nove meses e dez dias de prisão por desvio de verba pública enquanto foi prefeito de São Paulo, entre 1993 e 1996, recebeu uma advertência do juiz Rogério Alcazar, da 4° Vara das Execuções Criminais da capital, pelo uso indevido de telefone celular durante o cumprimento da pena, que ocorre no regime domiciliar.
No despacho, o magistrado disse que o político pode ter o benefício suspenso. “Advirta-se pessoalmente o sentenciado de que embora em prisão domiciliar está em regime fechado de cumprimento de pena, devendo submeter-se a todas a regras e limitações a ele inerentes, inclusive no que se refere à utilização de aparelho telefônico (art. 50, VII da Lei de Execução Penal), sob pena de eventual revogação do benefício”. Em agosto deste ano, Maluf ligou por engano para o jornal Valor Econômico e no dia seguinte atendeu uma ligação da Folha de S. Paulo.
Na semana passada, a defesa do condenado pediu à Justiça (que acatou a solicitação) para que seu cliente seja internado no Hospital Beneficência Portuguesa, nesta segunda (22), para tratar de um câncer na próstata. Segundo o atestado médico, a doença está em estágio avançado e com múltiplas comorbidades. A alta de Paulo Maluf, de 87 anos, está prevista para a próxima quarta (24).