Justiça marca julgamento de homem que matou transexual a pauladas
Caso ocorreu em maio, no Campo Belo, Zona Sul
A Justiça de São Paulo marcou para o dia 17 de outubro a audiência de debates e julgamento do motorista de aplicativo Jonatas Araújo dos Santos, que matou a pauladas a transexual Larissa Rodrigues da Silva, de 21 anos. O crime ocorreu na noite do dia 4 de maio, na Zona Sul de São Paulo. Segundo as investigações, a vítima estava acompanhada de outra pessoa e, por volta das 22h10 de sábado, um homem tentou atropelar as duas. O suspeito retornou depois, desembarcou do veículo e usou um pedaço de madeira para golpear Larissa na cabeça.
A Polícia Militar foi chamada para atender à ocorrência e, no local, Larissa estava caída e com ferimentos na cabeça. Ela foi levada ao Hospital Municipal Doutor Arthur Ribeiro Saboya, mas não resistiu às lesões e morreu.
No processo, o réu, que foi identificado e preso dias depois, disse que agiu em legítima defesa e que retornou ao local do crime após perceber que havia sido furtado por Larissa. Como justificativa para ter parado o carro em um conhecido ponto de prostituição, ele alega que Larissa deu sinal e perguntou se ele prestava serviços para o Uber. Ao entrar no carro, ela teria se oferecido para um programa, o que foi negado.
Após ir embora e dar-se conta de que sua carteira sumira, Santos voltou e quis reaver o objeto. “As duas, vítima e colega foram em sua direção para afrontar, amedrontar e ou agredir, neste momento, o acusado percebeu que a vítima totalmente enfurecida iniciou o quebramento do seu carro, do lado direito e posteriormente do lado esquerdo, amassando o veículo de forma significativa”, escreveu seu advogado, que complementa o fato seguinte como ação de legítima defesa. O réu segue detido na capital paulista após a Justiça negar diversas vezes a soltura dele.