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Sérgio Quintella é repórter de cidades e trabalha na Vejinha desde 2015
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Grow culpa crise e prefeitura por derrocada em aluguel de bike e patinete

Empresa entrou com pedido de recuperação judicial após contrair dívidas que somam 40 milhões de reais

Por Sérgio Quintella Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 31 jul 2020, 09h33 - Publicado em 30 jul 2020, 09h49

A Grow, empresa formada pelas marcas Yellow e Grin, de compartilhamento de bikes e patinetes, entrou na quarta (29) com um pedido de recuperação judicial na 1° Vara de Falências de São Paulo. Na ação, a startup afirma que a crise provocada pelo coronavírus e os desafios legais e regulatórios foram os responsáveis pela situação da empresa, que deve cerca de 40 milhões de reais a funcionários e fornecedores. Segundo a companhia, a apreensão de patinetes, determinada pela gestão Covas, em 2019, foi a “cereja do bolo” para a derrocada financeira da firma.

“Algumas cidades passaram a travar verdadeiras cruzadas contra o Grupo Grow, buscando regulamentar os serviços, criando regras e estabelecendo taxas e outras cobranças que oneraram a operação. A Prefeitura de São Paulo chegou a apreender 1.067 patinetes elétricos do Grupo Grow em maio de 2019 e exigir o pagamento de multa de R$ 914 mil para devolvê-los.  A maioria desses patinetes foi danificada pelos fiscais da prefeitura, que recolhiam todos os que encontravam na rua e os empilhavam em caminhões. O prejuízo causado pela paralisação das operações e pelos desembolsos para reparação dos danos aos patinetes, para devolução dos equipamentos e para regularização da situação, foi a cereja no bolo que levou à necessidade de busca por investimentos adicionais”.

Na ação, o escritório Veirano Advogados pede em caráter liminar que todos os protestos e processos movidos contra a companhia sejam suspensos para que façam parte do rol de credores. Um deles, movido pelo Ministério Público do Trabalho, pede a recontratação imediata de todos os funcionários demitidos, sob pena de multa de 20 000 por pessoa dispensada.

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Confira abaixo as notas da prefeitura e da Grow:

“A Prefeitura de São Paulo, por meio das Secretarias Municipal de Mobilidade e Transportes e Subprefeituras, informa que não tem responsabilidade alguma pela crise financeira da empresa Grow em diversas cidades do Brasil e de outros países. As apreensões dos equipamentos foram realizadas porque a Grow desrespeitava as normas estabelecidas pelo Decreto 58.750, de 14 de maio de 2019. Esse decreto estabeleceu as regras provisórias para o compartilhamento de patinetes, dever da administração pública.

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Esclarecemos, também, que antes de efetuar credenciamento provisório, a Grow atuou de maneira ilegal na cidade de São Paulo, utilizando os espaços públicos sem se adequar às normas mencionadas pela Lei 13.478/2002, artigos 160 e 181, que prevê a apreensão e a remoção de objetos depositados nos espaços públicos sem autorização municipal. A empresa recorreu às multas, que ainda não foram pagas.

A regulamentação do compartilhamento de patinetes pela Prefeitura teve como foco a preservação da utilização segura do viário e a proteção da vida, principalmente dos pedestres. Foram criadas condições para uma operação responsável, que permita a coexistência de diferentes empresas na prestação desses serviços. Desde o início, houve diálogo com todas as operadoras para que fossem definidas as regras de coexistência entre modais, cujas discussões e sugestões serviram de base para o Decreto n. 58.907/19, atualmente em vigor, e para a regulamentação via Resolução CMUV n. 22, de 29 de outubro de 2019″.

“A Grow informa que a matéria veiculada pela revista Veja SP é imprecisa ao afirmar que a causa da crise financeira da empresa foi a apreensão de patinetes pela prefeitura, sendo esse um episódio apontado meramente como exemplo dos desafios encontrados pela Grow em sua trajetória. Na ação ajuizada de pedido de recuperação judicial, apresentada ontem, dia 29 de julho, foram citados como fatores que contribuíram para o cenário de crise da empresa o desafio logístico da operação; o alto índice de furtos e de vandalismo das bicicletas e dos patinetes elétricos, com a necessidade de reposição e manutenção frequentes; a vultuosidade dos investimentos necessários para a operação por conta da constante renovação dos equipamentos, muitos deles importados; as consequências da pandemia, que causaram a interrupção do serviço, e também os desafios legais e regulatórios para o exercício dessa nova atividade, tendo como caso ilustrativo o episódio com a Prefeitura Municipal de São Paulo que culminou com mais de 1000 patinetes apreendidos e a com a paralisação das atividades.”

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