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Por Saulo Yassuda
O jornalista Saulo Yassuda cobre cultura e gastronomia. Faz críticas de bares na Vejinha desde 2014. Dá pitacos sobre vinhos, destilados e outros assuntos
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Ex-bartender do Bar dos Arcos fica retida após tentar voltar a Argentina

Chula Barmaid é uma das milhares de argentinas que não consegue retornar ao país natal por conta das restrições relacionadas à nova variante do coronavírus

Por Saulo Yassuda Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 10 jul 2021, 20h32 - Publicado em 10 jul 2021, 17h14

Esse texto tem a ver com a Argentina, mas não exatamente com a seleção futebolística, que vai entrar em campo para disputar uma partida da Copa América contra o Brasil na noite deste sábado (10), no Maracanã, o mais famoso estádio carioca e do país. O assunto é mais sério e delicado.

Por causa da pandemia, muitos argentinos não estão conseguindo retornar ao país natal por causa do fechamento de fronteiras. O governo do país vizinho está restringindo a entrada de argentinos e residentes, com a intenção de retardar a disseminação da variante Delta do coronavírus, mais contagiosa.

Na sexta (9), o país prorrogou as regras que valiam desde 28 de junho e que permitiam o ingresso de apenas 600 pessoas por dia ali — e somente pelo Aeroporto Internacional de Buenos Aires. Esse número vem aumentando gradualmente. No momento, é permitido que cruzem a fronteira até 740 passageiros diários. De 17 a 24 de julho, estão previstos de 900. De 25 de julho a 6 de agosto de agosto, 1.000. Há 14 mil argentinos retidos em outros países, de acordo com o jornal Clarín.

Esquina do Caminito
O Caminito, em Buenos Aires: fronteiras fechadas (Hernán Piñera/Flickr/Veja SP)

O caso dos argentinos que estão no Brasil é ainda mais grave, porque os voos a partir daqui — e também de Chile, de México, entre outros lugares — estão suspensos. Entre os retidos, está Chula Barmaid, que não conseguiu deixar São Paulo. A bartender tinha voo para Buenos Aires marcado para a última quarta, dia 7.

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“Eu tinha um voo para o dia 7. E, como viajo com uma cachorra e uma gata, estava com documentos que a veterinária preparou. Fui ao aeroporto (de Guarulhos) validar esses papéis, para, qualquer problema que aconteça, não perder a validade deles e poder viajar com os bichos. Quando fui carimbar os papéis, me informaram que a fronteira estava fechada”, Chula explica. E prossegue: “mesmo com todos os protocolos, três exames de PCR, quarentena e um mundo de questões, não podemos mais entrar”.

Imagem aérea mostra aeroporto de Guarulhos
Aeroporto de Guarulhos: sem voos para Argentina (GRU Airport/Divulgação/Veja SP)

A bartender já havia entregado o apartamento onde morava em São Paulo, mas felizmente já conseguiu outra casa para ficar. “Por esse lado, está tudo certo, sou privilegiada”, reconhece. “Tem um montão de argentinos que estão no Brasil sem conseguir voltar, pagando hotel, gastando um montão de dinheiro por falta de consciência por parte da Argentina.” De acordo com Chula, no próximo dia 14 ela terá novas informações a respeito da situação. “Estou falando com o consulado, que está atendendo superbem, assim como a companhia aérea.”

“Tem muita gente retida fora da Argentina porque saiu de férias e assinou um papel dizendo que aceita qualquer tipo de complicação que tenha por fechamento de fronteiras”, explica. “O meu caso é completamente diferente disso. Estou morando há três anos fora e estou querendo voltar.”

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Nascida em Córdoba, Chula tomava conta do balcão do badalado Bar dos Arcos, no centro, desde a inauguração, em 2018. Após dois anos e sete meses de Brasil, decidiu voltar definitivamente para a Argentina. “Foi tão difícil, tão difícil. Foi uma questão muito da pandemia”, me contou nesta entrevista. Ela deu expediente até o dia 26 de junho. É torcer para que Chula — e os argentinos retidos no Brasil e pelo mundo — consigam logo vencer esse perrengue.

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