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“As Irmãs Siamesas”: diretor francês revigora dramaturgia

Sébastien Brottet-Michel, integrante do Théâtre du Soleil, comanda as atrizes Cinthya Hussey e Nara Marques em texto de José Rubens Siqueira

Por Dirceu Alves Jr.
18 out 2018, 11h57

Uma mulher acaba de ser sepultada, e as filhas se reencontram, depois de anos, em nome de uma partilha de bens e rancores. Você já deve ter visto filmes, peças e novelas, lido livros ou até acompanhado na vida real diversos desdobramentos de histórias com o mesmo ponto de partida.

Os atrativos em torno do drama As Irmãs Siamesas, escrito por José Rubens Siqueira, logo, parecem reduzidos na hora de disputar a atenção dos espectadores. Não se deixe enganar por esse, digamos, preconceito. Em sua primeira direção, o ator francês Sébastien Brottet-Michel, integrante do Théâtre du Soleil, mostra como é possível injetar fôlego em um texto por meio de uma encenação delicada e repleta de simbologias.

+ Vivianne Pasmanter e Marcello Airoldi em “Amor Profano”.

Marta (interpretada por Cinthya Hussey) é a irmã envelhecida no rosto e na alma, que cuidou da mãe anos a fio e dá ouvido a tudo o que os vizinhos falam. E como falavam de Maria (papel de Nara Marques), a mais jovem, liberada, solteira, que se mudou para a cidade grande, trabalha muito e sempre enviou uma mesada à família, no interior.

Se a mãe morreu, os laços, agora, podem perfeitamente ser rompidos. Não, não podem, porque o sangue prevalece e nenhuma das irmãs deseja acabar sozinha. A dramaturgia de Siqueira se torna também visual graças às imagens atraentes concebidas por Brottet-Michel, como na passagem em que Cinthya e Nara permanecem vários minutos dentro de um baú.

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+ Herson Capri e Genézio de Barros em “As Brasas”.

A cenografia, de Marisa Rebollo, reproduz a casa da família como se Marta e Maria estivessem trancadas em um túmulo, ideia reforçada pela iluminação de Rodrigo Alves. A derrapada do olhar estrangeiro do diretor aparece no dispensável sotaque que estereotipa Marta. Boa atriz, Cinthya minimiza os efeitos dessa discutível escolha, sobrepondo-se, inclusive, à interpretação menos envolvente de Nara (80min). 14 anos. Estreou em 5/10/2018.

+ Teatro Aliança Francesa. Rua General Jardim, 182, Vila Buarque. Sexta e sábado, 20h30; domingo, 19h. R$ 40,00. IR. Até 2 de dezembro.

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