Imagem Blog

Randômicas Materia seguir SEGUIR Seguindo Materia SEGUINDO

Por Juliene Moretti
Tudo sobre música, clipes, entrevistas e novidades dos shows.
Continua após publicidade

Paula Santisteban, a última produção de Miranda

A cantora paulistana lança seu primeiro disco autoral com produção de Carlos Eduardo Miranda, que morreu em março deste ano

Por Juliene Moretti Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
28 set 2018, 17h15

Em março, a morte do produtor musical Carlos Eduardo Miranda, conhecido por lançar artistas como Skank e Raimundos, pegou a cena musical de surpresa. Antes de partir, Miranda tinha mais um trabalho para colocar na prateleira: a cantora Paula Santisteban, que faz o show do lançamento do seu disco neste domingo (30), no Auditório Ibirapuera – Oscar Niemeyer.

Paula, de 41 anos, não é novata na cena. De família musical, chegou a cursar a faculdade de direito, mas dedicava a maior parte do seu dia para a música. “Dava aula de música para cerca de sessenta crianças durante a tarde e depois, ia tocar com as bandas a noite”, diz. Nos anos 2000, participou de um dos concursos de cantores no programa Domingão do Faustão e foi até a final. “Mas veio tudo junto, gravadora, mercado… Eu queria cantar Tom Jobim, mas diziam que as pessoas não entendiam isso”, lembra. Frustrada, começou a estudar e procurar projetos os quais pudesse escolher. “Fui fazer pesquisas das escolas, com crianças, e vi que não existia mais o momento em família para se ouvir música”, diz. Dali, desenvolveu com Eduardo Bologna, hoje seu marido, o projeto Música em Família, que passeou entre as escolas com livros e apresentações temáticas de folk, world music, jazz e tropicália. Ao todo, foram seis discos com a empreitada.

Foi com o último disco do projeto, com direito a participação de uma orquestra regida pelo maestro Ed Cortês, que, segundo a cantora, veio a necessidade de montar um álbum próprio. Ao lado marido, passou a trabalhar em canções em um violão velho. “Um violão saudoso que me fez lembrar da minha avó e eu comecei a escrever”, diz.

Com o resultado gravado no celular, foram até Miranda, para que ele lapidasse o material. “Eu já sou uma cantora experiente e sei de técnicas para ocultar as imperfeições e deixar o público feliz”, diz a artista. “Mas o Miranda falava para mim: ‘você não está entendendo, o bonito da sua voz é o que vem de dentro, é o contido, é o que emociona’, eu entrei na história e foi mágico”, afirma.

Continua após a publicidade

Com dezoito músicos envolvidos, Paula gravou as dez faixas. Há composições próprias, parcerias e interpretações, como Frágil, de Fábio Góes. “Queria soar urbana, porque eu sou da cidade, fui criada no Brás, com barulho, vai-e-vem, em que estamos no meio da multidão e ainda assim, podemos estar sozinhos, e não necessariamente, isso é ruim — pelo contrário”, diz. Entre os destaques também ficam As Janelas da Cidade e Diferente de Ninguém.

No show de estreia no Auditório Ibirapuera, Paula será acompanhada de uma mini-orquestra, de oito músico, e projeções “sem muitas interferências tecnológicas”. “Vai ser a única chance de ver o disco representado visualmente”, diz. Os ingressos para a apresentação custam 30 reais.

Publicidade

Essa é uma matéria fechada para assinantes.
Se você já é assinante clique aqui para ter acesso a esse e outros conteúdos de jornalismo de qualidade.

Domine o fato. Confie na fonte.
10 grandes marcas em uma única assinatura digital
Impressa + Digital no App
Impressa + Digital
Impressa + Digital no App

Informação de qualidade e confiável, a apenas um clique.

Assinando Veja você recebe semanalmente Veja SP* e tem acesso ilimitado ao site e às edições digitais nos aplicativos de Veja, Veja SP, Veja Rio, Veja Saúde, Claudia, Superinteressante, Quatro Rodas, Você SA e Você RH.
*Para assinantes da cidade de São Paulo

a partir de R$ 39,90/mês

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.