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“Gal Costa é uma das minhas maiores influências”, diz Natalie Prass em entrevista exclusiva ao blog

O burburinho em torno de Natalie Prass é grande. A cantora americana, que se exibe na cidade como uma das atrações do Popload Festival na próxima semana, tem sido tratada pela imprensa especializada como uma das artistas mais promissoras a surgir recentemente. O seu álbum de estreia, homônimo, foi unanimidade entre os críticos desde que foi […]

Por Luan Freires
Atualizado em 26 fev 2017, 14h34 - Publicado em 2 out 2015, 21h10

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O burburinho em torno de Natalie Prass é grande. A cantora americana, que se exibe na cidade como uma das atrações do Popload Festival na próxima semana, tem sido tratada pela imprensa especializada como uma das artistas mais promissoras a surgir recentemente. O seu álbum de estreia, homônimo, foi unanimidade entre os críticos desde que foi lançado em janeiro e já tem lugar garantido nas listas de melhores discos do ano. Mas se engana quem pensa que ela é uma novata.

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A cantora nascida em Richmond, no estado americano da Virgínia, tem 28 anos e tenta emplacar como cantora há tempos. Depois de ser backing vocal de Jenny Lewis, abrir uma loja de roupas para cachorros e quase desistir de cantar, ela só foi ver a carreira decolar quando reencontrou um conhecido com o qual havia perdido o contato. Calhou do tal sujeito ser Matthew E. White, elogiado produtor e compositor que fundou a Spacebomb, gravadora que reúne um time de músicos como Curtis Mayfield e Allen Toussaint.

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O resultado foi um álbum delicado, com ares de soul music setentista, funk de Nova Orleans e country-rock. As letras são de uma sinceridade assombrosa. Ela se humilha diante da amante do namorado em Christy, na qual faz uma releitura do hino da dor-de-cotovelo composto por Dolly Parton, Jolene. Já em Violently, fala sobre “quebrar os próprios braços” para que eles não queiram abraçar quem não devem. Conversei com Prass sobre a primeira vez dela por aqui, a dificuldade de cantar sobre temas tão pessoais e uma influência brasileira surpreendente.

A sua voz já foi descrita como a de uma princesa da Disney. O que você acha disso?

Sim (risos)! Acho que não é errado dizer que toda criança, especialmente garotinhas, assistem a esses filmes. Comigo não era diferente. Eu entendo a comparação. Minha voz é um pouco infantil, gosto de grandes melodias… Definitivamente esse não é o meu objetivo, mas todo mundo gostaria de ser uma princesa.

Você desistiu dos estudos no Berklee College of Music porque pensava que Boston era uma cidade muito grande para você. Como está lidando com a estrada agora que está viajando o mundo para divulgar o primeiro disco?

Mudei para Boston quando tinha 18 anos. Sou de uma cidade não muito grande, onde pouca coisa acontece. Foi um choque, eu era muito nova e sempre fui tímida, insegura e me sentia como uma intrusa. Ainda tenho essas características, mas acho que consigo lidar melhor com elas. Sou mais confiante. É bom amadurecer.

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O que você está esperando do Brasil? O que já ouviu falar daqui?

Meu Deus, estou muito ansiosa, será a primeira vez. Gostaria de ficar por mais tempo. Escuto música brasileira há muito tempo. Gal Costa é uma das minhas maiores influências. É o tipo de coisa que eu posso ficar ouvindo durante todo o dia.

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Você se mudou de Nashville em 2006. Como a cidade influenciou a música que você faz?

Venho de um lugar onde praticamente não existe música. Fiquei bastante tempo em Nashville, um lugar onde você descobre se se tornará um músico ou não. Todo mundo faz isso lá, todos tocam muito bem, o que torna a cidade um ambiente bem competitivo. Eu nunca havia escutado country antes de ir pra lá. Ainda não gosto tanto de country, ouço mais as coisas antigas.

Falando de country: a música Christy é como uma Jolene dos dias de hoje. Quando você a compôs, se inspirou em alguma experiência pessoal?

Era uma história fictícia que eu tinha na cabeça, fiz a letra e comecei a musicá-la com um violão de cordas de nylon. Estava tentando fazer com que soasse como algo brasileiro. Se você ouvir a demo, vai notar algum balanço. Ela mudou bastante desde então. Por alguma razão, essa foi uma faixa que eu levei muito tempo para terminar. Passei por uma situação parecida depois de compor essa letra, o que foi muito estranho, quase profético. Isso me assombrou por bastante tempo. Quando ela ficou pronta, eu não a conseguia ouvir. Por muito tempo não consegui.

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Deve ter sido difícil de começar a cantá-la também.

Não a tocamos nos primeiros meses da turnê. Só depois percebi que era uma bela canção. Agora ela se tornou apenas uma história novamente.

As primeiras palavras que ouvimos no disco são “I don’t feel much” (algo como “eu não sou muito sentimental”), embora você cante sobre sentimentos e relacionamentos fracassados em todo o álbum…

Eu acho (hesita)… Eu sou uma pessoa emotiva, mas também independente. Para o bem e para o mal. (Suspira) Esse é um verso bastante forte para mim. Sempre foi uma dificuldade nos relacionamentos que tive. É difícil falar sobre o que sinto. Por isso, componho.

Você começou a trabalhar na sua estreia em 2009 e ela levou seis anos para ser lançada. Você será o próximo D’Angelo e levará todo esse tempo mais uma vez para soltar a sequência?

Ele é de Richmond também (risos)! Talvez seja algo que exista na água que a gente bebe. Respondendo à pergunta: de forma nenhuma. Não conseguiria fazer isso comigo de novo. Foi um processo muito doloroso. Vou lembrar dele como um período difícil. Na semana passada já gravei duas canções, que devo lançar nos próximos meses. Tenho escrito na estrada. Assim que terminar a turnê, vou parar e juntar as ideias. A intenção é já entrar em estúdio no começo do ano que vem.

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