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Cultura & Lazer

Somos Campeones é um filme inclusivo com atores com incapacidade mental

O longa-metragem levou o principal prêmio na edição 2019 do Goya, o Oscar espanhol, e está disponível no NOW

Por Miguel Barbieri SEGUIR SEGUINDO
29 ago 2019, 16h01

O treinador (à frente) e a equipe de basquete (Divulgação/Divulgação)

Somos Campeones (ou apenas Campeones, no original) ficou inédito nos cinemas brasileiros, mesmo tendo levado o Goya 2019 de melhor filme. O filme ainda ganhou mais dois prêmios (melhor ator revelação, para Jesús Vidal, e canção original) e concorreu em outras oito categorias: melhor ator, atriz revelação, ator coadjuvante, roteiro original, direção, montagem, som e direção de arte. Ou seja: foi um campeão em número de indicações.

Mas me parece que a decisão de premiar Campeones se deve ao fato de ser, sobretudo, um filme inclusivo. Sua história de superação (tanto do protagonista quanto dos coadjuvantes) não traz novidades e já foi abordada diversas vezes no cinema. E o desfecho sentimental prova que sua eficiência está em contentar um público mais amplo. Há um tom de humor politicamente incorreto que também me desagrada.

Dito isso, Campeones tem seu valor na inclusão, já que os coadjuvantes sofrem de algum tipo de incapacidade mental. Três exemplos: um tem Síndrome de Down, um outro é autista e um senhor não toma banho por causa de um trauma na água. O protagonista é o arrogante Marco, papel de Javier Gutiérrez, que precisará rever seus preconceitos após ser demitido como assistente de uma equipe de basquete e cometer uma grave infração no trânsito. Imposta por uma juíza, sua pena será prestar serviços comunitários e treinar esse grupo de homens rumo à superação.

Vale o programa? Vale, sim. E eu vi no NOW pela Net, embora esteja disponível em outras plataformas digitais.