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Alexandre Nero retoma personagem homofóbico em Crô. Leia a entrevista.

Sempre acreditei no potencial de Alexandre Nero desde que ele apareceu na novela A Favorita (2008) interpretando o humilde verdureiro Vanderlei. De lá para cá, Nero não parou mais e virou uma grande estrela da Rede Globo após roubar a cena, junto de Giovanna Antonelli, na fracassada novela Salve, Jorge. Depois de fazer shows para […]

Por Miguel Barbieri Jr.
Atualizado em 26 fev 2017, 23h25 - Publicado em 28 nov 2013, 20h27

Sempre acreditei no potencial de Alexandre Nero desde que ele apareceu na novela A Favorita (2008) interpretando o humilde verdureiro Vanderlei. De lá para cá, Nero não parou mais e virou uma grande estrela da Rede Globo após roubar a cena, junto de Giovanna Antonelli, na fracassada novela Salve, Jorge.

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Depois de fazer shows para o lançamento de seu DVD Revendo Amor, com Pouco Uso, Quase na Caixa, o ator deixou um pouco de lado a carreira de cantor para voltar aos folhetins. Na TV, ele está em Além do Horizonte e no programa Amor & Sexo. Nos cinemas, pode ser visto em dose dupla: no papel de Baltazar na comédia Crô e numa participação em Primeiro Dia de um Ano Qualquer, de Domingos Oliveira.

Você se considera ator ou cantor? Eu não sei o que eu sou. Só sei que quero ser bonito (risos). Eu vivo brincando e digo que não quero ter talento, prefiro ser bonito porque posso ganhar mais dinheiro. Na verdade, eu sou músico e ator. Agora, o que me diferencia de um ator que canta é que eu tenho uma obra com nove CDs. Sou compositor, arranjador, já fiz trilha sonora para o teatro. Eu não quero ser cantor. Eu sou.

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Mas você ficou famoso como ator, não? Sim. Fiquei conhecido nacionalmente na novela A Favorita. É que eu não sou um cara de ficar me expondo. Não fico dando CDs para os amigos, pedindo para colocar uma música numa novela… E, também, não quero que as pessoas me vejam como um oportunista que quer virar cantor.

Você acha que tem mais liberdade na música? Com certeza. Na TV, as pessoas ficam reféns para um determinado trabalho e tentam se adaptar a ele da melhor maneira possível. Eu estava músico até começar a gravar a novela Além do Horizonte. Agora, estou ator.

Veja abaixo o videoclipe com a versão para Carinhoso, de Alexandre Nero 

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Consegue dizer não para algumas coisas?  Eu falo muito não e tenho preferências, sim. Mas não posso dizer que isso foi recorrente na minha vida porque já tive épocas de pouco trabalho.

O que você não gosta de fazer? Depende muito. Eu tenho limite da minha vergonha própria. Se for um mico, como se vestir de galinha num programa de TV, e eu me sentir à vontade, farei com a maior dignidade. Mas se me pedem para declamar Shakespeare e eu me sentir deslocado, não há dinheiro no mundo que me convença a aceitar.

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E foi fácil retomar o papel de Baltazar em Crô? Minha relação com o Baltazar é complicada. Em Fina Estampa, tive um grande papel e o personagem ficou extremamente popular. A dupla com o Marcelo Serrado, o Crô, virou uma febre. No dia seguinte que acabou a novela, eu matei o Baltazar. Fiz até o óbito dele nas redes sociais e peguei uma birra imensa. Se fosse naquela época, teria dito não ao filme. Achei que pudesse ficar marcado por um personagem só. Mas aí veio o Stênio, de Salve Jorge, e o medo acabou. Só assim consegui aceitar para voltar ao personagem.

Você não acha que já passou da hora de fazer um filme sobre o Crô? Não. Todo mundo lembra muito dos personagens e estou apostando  no filme.

Alexandre Nero com Marcelo Serrado na comédia Crô

Alexandre Nero com Marcelo Serrado na comédia Crô

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Como é interpretar um personagem tão homofóbico como o Baltazar? O fato de ele ser assim tem a ver com a cultura brasileira, que é homofóbica, racista, machista… Qualquer preconceito é ignorância. Ignorância do ator de ignorar, de não conhecer o outro lado. Não sou do tipo de generalizar, mas imagino que muito homofóbico é gay enrustido.

Existe uma responsabilidade em aumentar o ibope de uma novela que está com baixos índices de audiência, como Além do HorizonteResponsabilidade zero. Nenhuma pessoa pode salvar uma novela.

Mas você e a Giovanna Antonelli salvaram Salve, Jorge (risos)… Acho que, talvez, a gente tenha conseguido se salvar. Fizemos com dignidade, mas todo mundo está sujeito a errar. Isso faz parte do espetáculo.

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Depois do sucesso do Stênio, em Salve Jorge, ficou com vontade de protagonizar uma novela? É claro que isso me passou pela cabeça. Mas acho que ainda não estou preparado. Ser o estereótipo do bem, fazer o cara que não sai da linha e é um exemplo, é complicado. As pessoas ficam com o pé atrás quando os protagonistas são muito bons.

Você se deu muito bem também na bancada no programa Amor & Sexo…
Na verdade, eu acabei criando uma brincadeira. Virei o chato, tipo a Aracy de Almeida. Ali, todo mundo faz um personagem, como os jurados do programa do Silvio Santos. Muitas coisas são cortadas e, ainda bem, porque eu falo muitas bobagens. Nos meus comentários, tento ser o mais transparente possível. Mas, é claro, há um certo exagero para fazer graça.

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