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Uma viagem no tempo às décadas passadas por meio de suas histórias, costumes e curiosidades.
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Programas de computador populares nos primórdios da informática

Pagemaker, ICQ, KaZaa e outros "aplicativos" de tempos passados

Por Roosevelt Garcia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO
Atualizado em 19 Maio 2017, 18h47 - Publicado em 19 Maio 2017, 18h24

“Não há razão para que alguém queira ter um computador em casa”, disse Ken Olson, presidente de uma grande empresa de tecnologia americana, no final dos anos 70. Hoje, quarenta anos depois, é difícil imaginar a vida sem algum tipo de computador pessoal.

Na verdade, essa máquina maravilhosa está fazendo 35 anos desde que começou a se popularizar no Brasil. Os primeiros PCs tinham um hardware limitado e pouquíssimos programas disponíveis para fazermos as tarefas do dia a dia. Nos anos 90, no entanto, esse panorama começou a mudar. Máquinas mais poderosas e softwares cada vez mais inteligentes começaram a fazer parte efetiva da população. A chegada da internet, na metade da década de 90, fez crescer ainda mais o interesse pelas “caixinhas mágicas”, que de “inhas” não tinham nada. Eram grandes trambolhos, que geralmente ficavam em algum lugar escondido da casa, com seu monitor pesadíssimo, seu gabinete enorme, e quase sempre acompanhados de uma impressora quadradona, tudo, é claro, na famosa cor “bege computador”.

Os primeiros computadores pessoais ajudavam bastante em áreas específicas, como editoração e desenho. Planilhas também se popularizaram rapidamente, assim como processadores de texto. Portanto, quem quisesse escrever uma carta ou montar uma publicação, já tinha ferramentas digitais pra isso. E quando a internet chegou, programas que ajudavam a interagir com a rede mundial de computadores rapidamente caíram no gosto popular, como mensageiros instantâneos e programas para compartilhamento de arquivos.

Veja abaixo uma lista de programas que pertencem a uma outra época, quando dava tempo de curtir cada avanço da tecnologia, e quando a internet dava seus primeiros passos, mais livre e sem muito “mimimi”.

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•    Wordstar
Um processador de texto da era pré-Windows, que foi escrito originalmente para CP/M e depois portado para DOS. Como não tinha interface gráfica e nem existia mouse, o único jeito de formatar o texto ou mover o cursor era com uma combinação de teclas. Por exemplo, para mover o cursor para cima, teclava-se CTRL+E, ou para baixo CTRL+X. Para deixar o caractere em negrito, era CTRL+P+B. Bem trabalhoso, é verdade, mas era a única forma de fazer isso naqueles tempos.

Tela típica do WordStar (Acervo/Divulgação)

•    Pagemaker
Qualquer publicação, amadora ou profissional, tinha de passar por esse programa. Fez tanto sucesso em editoração nos anos 90 que a sua proprietária, a pequena Aldus, foi comprada pela gigante Adobe, transformando o programa em Adobe Pagemaker, que esteve ativo até 2004, quando foi substituído pelo InDesign.

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Tela inicial do Aldus Pagemaker (Acervo/Divulgação)

•    After Dark
Os antigos monitores de tubo tinham um grave problema: eles ficavam com a tela marcada, caso alguma imagem ficasse muito tempo parada nela. Esse problema também acontecia com os primeiros monitores de LCD. Para amenizar esta falha, os computadores apagam a tela depois de um tempo inativas. Mas existia uma variação: um programa que ao invés de apagar a tela, ficava mostrando imagens em movimento. O mais conhecido desses programas era o After Dark e suas famosas torradeiras voadoras. Apesar de ainda ser possível encontrar esse programa pra baixar, a última versão dele foi feita em 1996.
https://youtu.be/mjlusi_h_XA

•    WinAmp
Com a popularização dos arquivos em MP3, surgiram diversos players de música para este formato. O primeiro de todos, e de longe o mais usado foi o WinAmp, que era totalmente customizável, desde a mudança do skin (aparência), até acessórios muito interessantes, como equalizador ou a função de suprimir o vocal das músicas, para serem usadas em karaokê. Foi atualizado até 2013, e ainda é usado em alguns computadores, mas o formato MP3 está oficialmente descontinuado, então o pioneiro WinAmp deve aos poucos deixar de ser usado.

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Tela completa do WinAmp (Acervo/Divulgação)

•    Messengers: ICQ, MSN
A possibilidade de conversar via computador com qualquer parte do mundo foi a verdadeira revolução tecnológica. Quando a internet se popularizou, rapidamente estes programas se tornaram os preferidos de todos, a princípio somente para conversar, mas logo surgiram novas possibilidades, como enviar imagens e até arquivos mais “pesados”. Tudo isso ficou pra trás com a revolução seguinte, os smartphones, que deixaram na palma da mão todas as possibilidades de interação com outras pessoas. Mas os pioneiros nunca serão esquecidos, aqueles que nos faziam passar horas na frente da telona conversando com conhecidos, ou fazendo novos amigos.

Telas do ICQ e do MSN Messenger (Acervo/Divulgação)

•    P2P: Napster, Limewire, KaZaa
O Napster foi o primeiro programa de computador para compartilhamento de músicas em MP3 pela internet. Foi uma revolução, e logo havia milhões de pessoas conectadas nele, o que aumentava muito a chance de você encontrar a música que precisava, já que esse tipo de programa disponibiliza a lista de todo mundo que estiver on-line no momento. É o que chamam de P2P, ponto a ponto. Infelizmente as gravadoras não gostaram muito disso, já que todo mundo conseguia a música que queria sem pagar nada. O Napster foi obrigado a fechar, mas surgiram depois outros programas no mesmo estilo, que com o tempo também acabaram fechando. Limewire e KaZaa são alguns exemplos dos mais populares, mas existiram centenas de outros.

Tela principal do Napster (Acervo/Divulgação)

 

 

 

 

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